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23 de junho de 2016

Orçamento Familiar – A Principal Ferramenta de Poupança



Enquanto formadores de finanças pessoais e familiares, perguntamos com frequência aos nossos formandos se conseguem poupar algum dinheiro. A primeira reacção é sempre a mesma: “com tão pouco ainda nos pedem para poupar?”.
Apesar desta ser a reacção mais comum e imediata, acabamos depois por dizer, de uma forma objectiva e exigente, que aqueles que não têm por hábito construir um orçamento familiar, têm menos legitimidade para dizer que não conseguem poupar. Com este artigo, iremos procurar explorar as principais potencialidades do orçamento familiar como principal ferramenta de poupança.

As Receitas São a Parte Central do Orçamento Familiar

Muitos são os portugueses que respondem “SIM” à pergunta “Faz um Orçamento Familiar?”. Contudo, quando procuramos detalhar esta pergunta, verificamos que aquilo que as pessoas têm é uma noção (de cabeça) das despesas que têm ao longo do mês e isto está longe de ter um Orçamento Familiar.
Em primeiro lugar, defendemos que o Orçamento Familiar tem obrigatoriamente que partir das Receitas (devem ser as Receitas a parte central do Orçamento). Caso contrário, são as despesas que nos “consomem” ao longo do mês, não tendo nós um controlo efectivo sobre o destino que damos ao nosso dinheiro sendo, mais cedo ou mais tarde, levados a viver acima das nossas possibilidades e a recorrer ao crédito para fazer face às nossas despesas do dia-a-dia.

Identifique Todas as Suas Receitas

Identificar as nossas receitas é talvez a parte mais simples e fácil do orçamento, mas nem por isso deve ser descorada. Aqui, devemos fazer um esforço por identificar TODAS as receitas, por muito insignificantes que possam parecer (para além do vencimento, devemos considerar o nosso subsídio de alimentação, eventuais abonos de família, subsídios ou até mesmo um pequeno prémio que recebemos numa raspadinha…).
Em segundo lugar, o Orçamento Familiar não pode ser feito de cabeça porque, quando o fazemos dessa forma, somos pouco rigorosos e objectivos, acabando por não conseguir identificar, no concreto, quais os nossos padrões de consumo e de poupança. Por outro lado, quando fazemos o orçamento de cabeça, tendemos a arredondar os valores das nossas despesas o que é meio caminho para não conseguir estipular objectivos realistas de corte de custos e consequente geração de poupança.

Como Equilibrar o Orçamento Familiar

Como vemos, o Orçamento Familiar não é mais do que uma relação entre Receitas e Despesas. O nosso esforço deve ir no sentido de garantir que a diferença entre estas duas rúbricas (Situação Líquida) seja positiva, o que nos obriga muitas vezes a ajustes nos nossos padrões de vida, tão essenciais se queremos caminhar no sentido da nossa independência financeira. Conseguimos uma situação líquida positiva de uma de duas formas: ou aumentando as nossas receitas, ou diminuindo as nossas despesas.

Não se esqueça que é mais fácil poupar dinheiro do que ganhar dinheiro!

Fazer crescer as Receitas é talvez a tarefa mais difícil (é mais fácil poupar 1€ do que poupar 1€), mas nem por isso impossível. De facto, temos vivido de perto histórias de vida absolutamente fantásticas de famílias que, para conseguirem ganhar mais dinheiro, optam por ter um segundo emprego, por realizar trabalhos remunerados (ex.: cozinhar para fora, fazer bricolage ou dar explicações) ou por vender coisas que já não usam.
Por outro lado, não nos podemos esquecer dos (poucos) Apoios do Estado que ainda existem (aqui, temos de deixar o pouco de “Dona Inércia” que podemos ainda ter dentro de nós e pesquisar, para nos informarmos, junto das juntas de freguesia, da Segurança Social ou das Finanças, de que apoios pode a nossa família beneficiar).

E as várias despesas?

Já do lado das Despesas, podemos dividi-las entre Despesas Essenciais (encargos realmente necessários e que não podem ser cortados) e Despesas de Desperdício (encargos que podem ser reduzidos, total ou parcialmente). Dentro das Despesas Essenciais, existe uma que tipicamente não classificamos como tal e que, no nosso entender de formadores especialistas na temática das finanças pessoais e familiares, é tão importante como pagar a Renda ou a Alimentação – Poupança.

Despesas Essenciais

Depois da Poupança, existem outras despesas essenciais à nossa vida, como a Renda, a Água, o Gás, a Electricidade, a alimentação em casa, etc. São despesas onde dificilmente encontraremos “gorduras” passíveis de redução, apesar de tal ser mesmo assim possível com algum esforço (por exemplo, ao nível da Electricidade, todas as famílias que beneficiem de Abono de Família, independentemente do escalão em que estiverem inseridas, têm direito à chamada Tarifa Social, correspondente a 13,50% de desconto sobre o consumo de electricidade).

É Errado Fazer Despesas de Desperdício?

Já no lado das Despesas de Desperdício, podemos encontrar caminhos de corte de custos e consequente geração de poupança. Podemos dividir as despesas de desperdício em dois tipos: despesas que resultam de obrigações contratuais (atenção, não estamos a dizer que não devemos cumprir os nossos contractos) e despesas menos essenciais ou superficiais.
Importa fazer uma nota: não nos cabe a nós fazer juízos de valor no sentido de dizer o que é (ou não) essencial ou desperdício. Esse exercício deve ser feito em família, conversando marido e mulher sobre o que é prioritário. Depois, devem ajustar os seus padrões de vida a essas mesmas prioridades.
Dentro das despesas de desperdício, encontramos despesas como Telecomunicações, Prestação Automóvel, Prestação de Crédito Pessoal, Seguro de Saúde, Seguro Automóvel, Alimentação Fora de Casa, etc. De facto, estes são exemplos de despesas que podem ser reduzidas com alguma criatividade e esforço.
Algumas Dicas de Poupança
Por exemplo, quantos de nós contactamos periodicamente com a nossa empresa de telecomunicações, no sentido de rever o preço que actualmente pagamos. Sabemos que os portugueses não têm ainda vincado este hábito, acabando por desperdiçar oportunidades efectivas de poupança. De facto, por muito que estejamos dentro do chamado período de fidelização de 2 anos, diz-nos a experiência que as empresas de telecomunicações são cada vez mais voláteis e abertas a reduzir os preços aos clientes que manifestem a sua insatisfação com os preços que actualmente pagam.
Quem se refere ao Serviço de Telecomunicações, refere-se igualmente a despesas como Prestação Automóvel ou Crédito Pessoal. De facto, ao abrigo de legislação recente, os bancos estão cada vez mais receptíveis para rever o valor destas prestações (taxas de juro, prazos, montantes, etc.) aos clientes que comuniquem que estão com dificuldades em fazer face aos seus compromissos. A este respeito, já conhece o serviço de Consolidação e Renegociação de Créditos da Reorganiza?
Ainda dentro das despesas de desperdício, tem o leitor por hábito contactar as suas Seguradoras para reduzir os prémios que actualmente paga? Já pensou, por exemplo, porque motivo é que as seguradoras não reduzem anualmente o prémio que pagamos pelo nosso Seguro Automóvel, acompanhando assim a desvalorização do nosso carro? De facto, por contraproducente que possa parecer, temos que ser nós a ter o hábito de contactar periodicamente as nossas seguradoras para conseguir prémios mais vantajosos e competitivos. A este respeito, se não tiver muita disponibilidade para ter este trabalho, aconselhamo-lo a conhecer o Serviço de Optimização de Seguros da Reorganiza.
Vemos agora como o Orçamento Familiar – quando bem desenhado e utilizado com critério – pode ser uma poderosa ferramenta que nos ajuda a identificar despesas passíveis de redução.
in reorganiza.pt

22 de novembro de 2012

Como fazer um orçamento familiar


O orçamento familiar

Muitas vezes poderá surgir a dúvida sobre como e onde se gastou o dinheiro. É provável que muitas vezes se tenha questionado a si próprio: Onde é que gastei o dinheiro? Quanto poderei poupar? Como poderei administrar melhor os meus gastos e rendimentos?
Para poder responder a estas perguntas, é necessário fazer um orçamento, onde sejam registados todos os gastos. Os gastos podem ser assim classificados: gastos fixos, gastos variáveis e gastos imprevistos.
Os gastos fixos são constantes durante um período de tempo (semana, mês, ano). Os gastos fixos são difíceis de evitar. São os gastos relacionados com a alimentação, transportes, combustíveis, pagamento de créditos, renda da casa, etc.
Os gastos variáveis dependem das actividades de cada família e de cada pessoa. Estamos a falar dos gastos com roupas, restaurantes, entretenimento, culturais, etc.
Os gastos imprevistos são aqueles que acontecem em situações de emergência ou devido a alguma necessidade imediata, como por exemplo uma reparação na casa ou no carro.

Que vantagens há em fazer um orçamento familiar?

Fazer um orçamento familiar irá ajudar a tomar melhor as decisões de compra. Irá ajudar a perceber a forma como estão distribuídos os gastos. Saber onde se gasta mais, etc. Também irá permitir saber o valor necessário de rendimentos para satisfazer as necessidades e o que se pode poupar, ou então, ajudar no planeamento do esforço de poupança.
Ter um orçamento familiar, como o orçamento de qualquer instituição ou entidade, é algo necessário para se atingir objectivos. Os recursos são limitados e portanto a única forma de conseguir atingir todos os objectivos financeiros é através de um orçamento, que nos guia e nos ajuda a visualizar o destino dos gastos e a origem dos recursos. Isto irá permitir hierarquizar os gastos a partir de uma perspectiva racional. O orçamento permite que se tomem decisões de compra de forma racional. O orçamento dá-nos a base para tomar as decisões de forma lógica, baseados em dados que podemos “medir”, de forma a serem evitadas compras compulsivas e irracionais.

Como fazer um orçamento familiar?

Um orçamento familiar mensal deve estar o mais possível ligado à realidade de cada um, considerando os rendimentos pessoais, assim como os rendimentos do resto da família. Esse orçamento deve ser um objectivo permanente para se atingir as metas de curto, médio e longo prazo.

Não há uma única forma de fazer um orçamento, devendo cada um utilizar o modelo ou planilha de gastos que melhor lhe sirva. Aqui inclinamo-nos por um modelo onde os gastos são divididos segundo a sua importância. Estes gastos são classificados em gastos fixos que podemos controlar e gastos fixos que não podemos controlar directamente. Os gastos fixos que não podemos controlar e não dependem directamente de nós, seriam os gastos da renda da casa, os gastos com as refeições dos filhos na escola, etc. Por outro lado temos os gastos fixos que podemos controlar e que podemos alterar todos os meses, se necessário. Estes gastos são, por exemplo, a comida, os gastos com telemóvel, combustível, etc…
Para poder tomar decisões é importante saber os rendimentos reais de toda a família. Saber o que recebe cada um dos membros da família. Devemos incluir todos os membros e conhecer as suas necessidades específicas.
O orçamento deve considerar todos os gastos, havendo a necessidade de alguma flexibilidade, já que as circunstâncias podem mudar e é preciso ser prático. Trata-se de alcançar os objectivos financeiros da melhor forma possível, e por isso, quanto mais claro e real for, melhor.
Para fazer um orçamento familiar deve-se seguir os seguintes passos:
a) Fazer uma lista dos rendimentos e uma lista dos gastos.
b) Anotar todos os gastos do mês.
c) Fazer uma relação de todas as contas a pagar e do que é necessário comprar durante um mês, como a renda ou prestação da casa, conta da água, telefone, electricidade, alimentação, etc.
d) Rever os gastos ocasionais que possam aparecer, como alguma festa de aniversário, a compra de um presente, entre outros.
e) Estabelecer qual irá ser o valor da poupança mensal para possíveis emergências futuras.
f) Identificar cada uma das suas compras como uma necessidade, um gosto ou um desejo.
Ao terminar o mês, devem ser revistos os gastos e começar a investigar onde se gasta o dinheiro. Trata-se de tirar as conclusões necessárias para alterar os nossos gastos e controlá-los.
Neste ponto vamos fazer a operação de subtrair os gastos aos rendimentos mensais. Se o resultado for positivo, considerando a parte destinada à poupança mensal como um gasto, estamos em boa posição.
No caso de o resultado ser negativo, não há outra solução do que reduzir os gastos e fazer uma revisão profunda de todo o orçamento.

Questões a ter em conta

Uma boa administração dos recursos económicos faz com tenhamos um bom equilíbrio na economia familiar. O resultado de não administrar correctamente os nossos recursos económicos, faz com que se gaste demasiado em produtos que não tínhamos planeado ou que façamos compras por impulso, o que tem como consequência um desequilíbrio no nosso orçamento familiar.
  1. Verifique onde são feitos os gastos diários pagos em dinheiro. Os gastos diários em dinheiro são gastos que passam muitas vezes despercebidos e que frequentemente não contabilizamos, mas que somados representam um grande valor no final do mês. Estes gastos são, por exemplo, os cafés no dia-a-dia, o tabaco, a revista ou o jornal, as pastilhas, etc., que representam gastos de pouco valor mas que no seu conjunto ainda representam uma boa soma.
  2. Não é fácil seguir um orçamento, sendo necessário estabelecer um plano para que funcione a médio prazo. Se verificar que não funciona, altere-o o mais rápido possível.
  3. A cultura da poupança é importante. Tente cultivar a cultura da poupança com uma finalidade. Não se compreende a poupança como um fim em si mesmo. A poupança tem de ter uma finalidade: umas férias extraordinárias, a compra de um carro novo, os estudos, etc. Havendo um motivo torna-se mais fácil inculcar a cultura da poupança na família.
  4. A moda é outro elemento que influencia as decisões de compra do consumidor. Talvez deseje comprar roupa, calçado, moveis, etc., que são novidade, mas é preciso ter um consideração o seu custo.
  5. Comparar preços. Quando fizer uma compra importante, visite várias lojas e diferentes marcas.
  6. Sempre que possível, evite as compras a prestações com juros. Se usa o cartão de crédito, tente sempre liquidar todos os meses o saldo do cartão.
  7. Determine quais são as coisas urgentes, básicas e supérfluas, de forma a gerir melhor os seus rendimentos, e a não ter de recorrer a empréstimos e a cartões de crédito.
  8. Antes de comprar alguma coisa, primeiro deve consultar o seu orçamento. A decisão que tomar deve ser tomada numa base racional e mais próxima da sua realidade financeira.

Modelo de Orçamento familiar

Para terminar aqui deixamos um modelo de orçamento familiar / planilha de gastos gratuito, que poderá usar como base para o seu proprio orçamento.
Para fazer download do modelo de orçamento familiar clique aqui.

in http://comoeconomizar.net

30 de outubro de 2012

Classe média está a mudar: onde gastam e no que poupam


Todos apertam os cordões à bolsa, das viagens à alimentação. Mas há áreas onde muitas famílias apostam mais, de olho no futuro

Os hábitos da classe média nacional estão a mudar, uma alteração ditada pela crise, que tem castigado os orçamentos de muitas famílias e tornado muitas outras mais precavidas, apesar de não sentirem no bolso ainda grande austeridade.

O estudo do Observador Cetelem 2012, que analisa as classes médias na Europa, revela por exemplo que, no conjunto dos países analisados, Portugal apresenta o comportamento mais conservador no binómio despesa/poupança, ou seja, é o país onde as famílias mais pretendem desviar dinheiro do consumo para a poupança.

A maioria dos portugueses (55%) tem intenção de poupar mais este ano que em 2011. No que toca a despesas, só 24% admitem gastar mais.

A explicação oferecida pelo estudo é simples: a população portuguesa (a par com a espanhola) encontra-se «no centro da crise desde a primavera e o verão de 2011», tendo sido «particularmente afetada pela recessão económica desde 2008».

Gastar menos: em que produtos cortamos mais?

Quase 70% dizem que a sua situação piorou nos últimos 12 meses e tiveram de reduzir o seu estilo de vida. 58% tiveram de cortar nas despesas de vestuário, 55% no lazer e viagens e 44% em combustíveis e energia.

Mas até nos produtos mais básicos teve de haver cortes: 32% também tiveram de apertar os cordões à bolsa na hora de comprar alimentação. 15% cortaram na saúde e na habitação e 8% na educação.

Para o ano que vem, a maioria diz que só poderá melhorar de vida se cortar nas despesas (83%), porque não espera um aumento dos rendimentos.

«No Ocidente, a esperança de manter o nível de vida passa por uma redução das despesas. As classes médias não apostam muito num aumento dos seus rendimentos para contrariar a redução do seu poder de compra. Diminuir determinadas despesas tornou-se assim na resposta evidente para manter o nível de vida», explica o estudo, que analisa também as causas da deterioração do nível de vida e o que preocupa a classe média para o futuro.

No que toca a despesas planeadas para este ano, os portugueses recuam em muitas classes. 32% dos portugueses pretendem comprar eletrodomésticos este ano (face a 37% no ano passado), sendo esta a classe com maiores intenções de compra.

Já as viagens, que no ano passado estavam nos planos de 37% dos portugueses, este ano são prioridade apenas para 30%.

O mobiliário é a terceira classe onde mais portugueses pretendem gastar dinheiro: 28%.

A classe de produtos que mais parece perder clientes este ano em Portugal é a dos smartphones: só 17% têm planos de compra, quando no ano passado eram 27%.

Equipamentos de tv, hi-fi e video, bricolage e jardim e ainda os automóveis (12% em vez de 13), também perdem interessados. Pelo contrário, os trabalhos de remodelação/renovação, os equipamentos desportivos, os microcomputadores para casa, os imóveis (10% em vez de 9) e as motos/scooters, ganham adeptos.

Os (cada vez mais) pequenos luxos

20% dos portugueses admitem ir de fim-de-semana/férias em território nacional uma vez por ano, 12% vão duas vezes e 33% mais do que isso. Já para o estrangeiro, 12% vão mais do que uma vez por ano e 3% vão duas vezes. Para 1%, este é um prazer que só acontece uma vez por ano.

No que se refere à frequência de restaurantes, 43% vão comer fora pelo menos uma vez por mês. Já no que toca a saídas culturais (cinema, teatro, concertos, museus, etc.), 23% fazem-no pelo menos uma vez por mês.

Sonhos adiados

Nos últimos 12 meses, 80% dos portugueses adiaram/renunciaram a projetos (viagens, compra de casa, carro, eletrodomésticos e móveis, remodelações, etc.) por motivos orçamentais. Mas quase metade referem que o fizeram por precaução e só 28% referem mesmo incapacidade financeira.

Dos que desistiram por precaução, 36% dizem ter preferido usar o dinheiro para poupar, 21% esperaram para encontrar mais barato e 25% foram prudentes por causa da situação económica.


Fonte: www.agenciafinanceira.iol.pt

29 de outubro de 2012

O plano mensal de gastos


O plano mensal de gastos é o melhor instrumento que as famílias têm para gerir o seu dinheiro. De forma fácil e rápida, controlam as despesas, planeiam poupanças e encontram formas de aumentar rendimentos, se for caso disso. Além disso, permite ter sempre consciência de quanto recebe e gasta por mês. O saldo deve ser sempre positivo. "Deve viver-se com e de acordo com o que se tem", diz Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, Deco . O mês das férias é um mês de exceção. Os gastos com o lazer aumentam e nem sempre consegue controlar o dinheiro que sai da sua carteira. "É importante que as famílias estabeleçam um montante para gastar durante as férias e não o ultrapassem", diz Susana Albuquerque, secretária-geral da ASFAC-Associação de Instituições de Crédito Especializado .
Se é um dos portugueses que só se aperceberam da razia que levou a conta bancária quando regressaram a casa, então é fundamental que retome o seu plano de gastos. Até porque depois do regresso das férias, há o regresso às aulas, com despesas extra. "Se nas férias gastar muito além do que tinha previsto, há que tomar medidas para regularizar o orçamento familiar", diz Natália Nunes. Primeiro, deve definir as suas necessidades. Estabeleça uma lista de prioridades de consumo e planeie as suas despesas. Evite desperdícios e gastos supérfluos, arrecadando esse valor para um fundo de emergência. Se o valor gasto com o cartão de crédito foi muito além do que tinha previsto, contacte a financeira e altere a modalidade de pagamento ou o produto. Fundamental é restringir o recurso ao crédito.

Saiba com se organizar


Seja qual for a altura do ano, é sempre importante elaborar um plano de gastos mensal. Assim, pode sistematizar e dividir os recursos por categorias de despesas e poupanças, convidando toda a família a participar na sua elaboração. "O orçamento permite saber, com rigor, a quantia disponível para determinado momento, funcionando como um instrumento de autoeducação", comenta Sandra Lopes, do Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores (GOEC) . Quando elaborar o seu plano orçamental, pegue numa folha em branco e divida-a em duas partes: receitas e despesas. Na primeira, inclua todas as entradas de dinheiro, como o ordenado, subsídios, juros de contas bancárias, rendas ou outros tipos de apoio.
Nas despesas, indique as saídas de dinheiro para os gastos fixos, como a prestação da casa, fatura da água, eletricidade, gás, passes, entre outros. Depois, junte os gastos correntes, como refeições ou cafés, e os ocasionais, como um jogo ou um livro novo. Faça uma estimativa total das despesas semestrais e anuais, como o seguro do carro, e uma divisão pelos vários meses do ano. Por último, não descure a poupança. Esta deve ser encarada como um objetivo mensal. "O objetivo é que a pessoa vá poupando para pagar uma despesa avultada sem que isso lhe cause qualquer tipo de transtorno financeiro no mês em que ocorre", explica Susana Albuquerque. Além do plano mensal, a secretária-geral da ASFAC sugere que, no início do ano, se faça também um plano de gastos anual. Desta forma, pode delinear o seu ano de acordo com os objetivos financeiros. "Por exemplo, se a família pretende fazer uma grande viagem, provavelmente não pode investir num automóvel novo", acrescenta.

Poupe dinheiro e tempo

É importante que estabeleça o hábito de poupar e aumente o valor sempre que possível. Se poupar €1 por dia, no final do ano, acumulou €365. Idealmente, a poupança deve representar uma proporção não inferior a 10% dos rendimentos.
Assim, se mensalmente o seu agregado tiver rendimentos de €2500, deve tentar poupar, no mínimo, €250 por mês. Existem várias formas de economizar. O dinheiro gasto com o telemóvel é um dos cortes que pode fazer, basta que escolha o tarifário adequado ao seu perfil. Segundo a
Deco , um plano pré-pago pode ser adequado para a maioria dos utilizadores, porque permite maior controlo sobre os gastos. Além dos gastos com telecomunicações, analise também os gastos com seguros, "já que em muitos casos há coberturas e serviços em duplicado", diz Susana Albuquerque.


por Ana Pimentel in expresso.pt
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