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29 de junho de 2012

DECO exige limite na taxa do crédito à habitação

Os juros dos novos contratos de crédito à habitação estão a atingir valores incomportáveis, com spreads (margem financeira do banco) que podem chegar aos 7 por cento. A DECO desaconselha a contratação nestas condições e exige a intervenção do Governo. 
 

O crédito à habitação barato, com spreads abaixo de 1% e financiamentos pelo valor total do imóvel, é uma recordação recente, mas muito distante da realidade atual. Com a chegada da crise financeira em 2008 e o agudizar da situação nos anos seguintes, os bancos deixaram de financiar a compra de casa ou agravaram significativamente as condições dos novos contratos.

Financiamentos entre 50% e 80%, spreads médios na casa dos 5% (podendo chegar aos 7%) e comissões que ultrapassam em muito os valores cobrados há 4 anos são as condições propostas pela maioria dos 15 bancos que a DINHEIRO & DIREITOS contactou de forma anónima.

Esta situação impede o acesso a um bem essencial como a habitação, sobretudo com o mercado de arrendamento ainda a sofrer mutações, e pode contribuir para novos casos de sobre-endividamento: no dia em que a Euribor, hoje em mínimos históricos, voltar a subir, as taxas de juro vão disparar e mais famílias terão dificuldade em pagar os seus empréstimos, alerta a DECO.

A associação defende, por isso, uma taxa de usura no crédito à habitação, que sirva de teto aos juros cobrados por quem concede financiamento. O modelo a implementar, da responsabilidade do Governo ou da Assembleia da República, deve evitar a metodologia adotada desde 2009 para o crédito ao consumo, cujos resultados têm sido o oposto do desejado: em vez de reduzir as taxas de juro, contribuiu para o seu agravamento.

 “A taxa de usura num produto tão importante como o crédito à habitação não pode ser determinada apenas pelos interesses dos bancos nacionais ou distorções pontuais da economia”, realça a DECO. Indexar o limite à taxa de refinanciamento do Banco Central Europeu (REFI) pode ser a solução. Como a Euribor, presente na maioria dos contratos, acompanha a REFI (que reflete a conjuntura da zona euro), esta taxa de usura não seria desvirtuada pelo comportamento do mercado português. A DECO já dirigiu uma proposta neste sentido aos grupos parlamentares e ao Ministério das Finanças.

in deco.proteste.pt
29.06.2012

Arrendar: há 900 imóveis no mercado social

Qualquer pessoa pode candidatar-se, desde que o seu rendimento suporte uma renda com uma taxa de esforço de 10 a 30%

O protocolo que deu início público ao mercado social de arrendamento foi assinado esta terça-feira e, na sua intervenção, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social explicou que existem para já 915 imóveis prontos a habitar - 729 dos bancos, 172 do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e 14 do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS).

«São condições de acesso os candidatos não serem proprietários, arrendatários ou titulares de direitos que lhes garantam o uso de habitação de outro imóvel, e terão de revelar capacidade económica e financeira para suportar o pagamento da renda, a que se associam», adiantou Marco António Costa.

O secretário de Estado acrescentou que, na avaliação das candidaturas, será também tido como critério de seleção o rendimento mensal disponível do agregado familiar, que «terá de ser compatível com uma renda que signifique uma taxa de esforço mínima de 10 por cento e máxima de 30 por cento».

Significa isso, segundo os regulamentos, que «uma família com um rendimento mensal disponível de mil euros, poderá arrendar uma habitação com uma renda entre 100 a 300 euros por mês».

Por outro lado, a tipologia da habitação terá de se coadunar com a composição de agregado familiar. «Em caso de existir mais do que uma candidatura elegível a determinado imóvel, terão sempre prioridade os agregados familiares que sejam compostos, ou que tenham a seu cargo, pessoas deficientes, idosos ou filhos dependentes», disse o secretário de Estado.

No regulamento acrescenta-se que, depois se preenchidos os requisitos atrás descritos, têm prioridade «os candidatos que, em primeiro lugar, tenham apresentado a candidatura após validação pelo parceiro local respetivo».

Marco António Costa aproveitou para salientar que os «jovens serão um grupo etário especialmente visado por este programa», e o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, lembrou que o modelo vem dar resposta às famílias que, «tendo rendimentos baixos, se veem hoje com dificuldades em obter ou manter a sua casa».

O ministro deu como exemplo o caso de uma família ou de um jovem que pague uma renda de 500 euros com a sua habitação e que, com o arrendamento social, «30 por cento mais barato», poderia conseguir um imóvel próximo dos 350 euros.

«Uma redução de 150 euros mensais que podem muito bem representar o apoio de que muitas famílias precisam para se reorganizarem, ou fazer face a este período difícil», defendeu o ministro.

O mercado social de arrendamento conta, para já, com 915 imóveis, sendo que os 729 provenientes da banca têm um valor de 72 milhões de euros.

Os imóveis são todos colocados no Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH), gerido pela NORFIN - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliários SA.

Esta iniciativa insere-se no Programa de Emergência Social (PES) e junta o Banco Espírito Santo, o Banif, o Banco Popular, o Santander Totta, o Montepio Geral, o Millennium BCP, bem como a Caixa Geral de Depósitos.

Ficará nas mãos das autarquias indicarem ao FIIAH os candidatos aos imóveis, cabendo depois à NORFIN a confirmação e validação das candidaturas.

As candidaturas podem ser feitas através do portal http://www.mercadosocialarrendamento.msss.pt.


in agenciafinanceira.iol.pt

22 de junho de 2012

Descubra como poupar nas férias


Antes de partir para a praia mais próxima ou o destino exótico mais longínquo, prepare-se, planeie e saiba como fazer mais por menos dinheiro.

São 6 letras mágicas que soam divinamente depois de um ano de trabalho árduo: férias. Esta é a altura em que os Portugueses começam a escapar em massa para as praias, a terra onde nasceram, o estrangeiro. O problema começa quando o subsídio de férias tem de esticar também para o regresso às aulas. Ou quando o sonho é grande e passa por um safari em África, conhecer uma cidade europeia, esticar-se ao sol nas Seicheles. Para tudo isso são precisos planos e poupanças. Apresentamos-lhe algumas ideias para conseguir férias mais baratas ou poupar para a viagem da sua vida.

 

Como não gastar fortunas

- Evite almoçar ou jantar fora todos os dias. Durante as férias temos muito menos vontade de cozinhar mas, assim, as despesas quase duplicam. Estabeleça fazer duas refeições por semana em restaurantes para experimentar lugares e sabores novos. É complicado para quem tem filhos, mas se o seu alojamento tem uma kitchenette, ponha todos a trabalhar, assim não se estafa a confecionar as refeições e todos se divertem a cozinhar as refeições familiares. Já lá vai o tempo de 'escravatura', em que as mulheres ficavam o dia inteiro a cozinhar e a lavar a loiça enquanto os homens iam para a praia e faziam a sesta.
- Simplifique as refeições: faça uma quente, de faca e garfo, e outra mais leve, que pode levar consigo para a praia ou em viagem.
- Se quer oferecer presentes a quem ficou em casa, esqueça os bibelôs tipo 'Recuerdo de Ibiza', pesam na mala e não são nada baratos. Para os amigos (mais chegados) envie um postal dos locais que visita (esqueça as sms's! Simplesmente não podem substituir o encanto de um postal).
- Alugar carro no local para onde vai de férias acaba sempre por lhe ficar mais caro.
- Aproveite para fazer programas de lazer e cultura perto do sítio onde está hospedado. Procure no ponto de turismo da região informação sobre os trilhos de caminhadas, desportos, museus e zonas de interesse histórico locais. Poupa tempo, dinheiro em deslocações e a saúde também agradece.
- Se tiver espaço, leve a bicicleta e faça dela o seu meio de transporte preferencial para pequenos percursos.
- Se levar o seu carro para férias, procure as gasolineiras com os preços mais baixos. Quando encontrar o mais barato, ateste o depósito.

- Leve um pequeno kit de medicamentos e primeiros socorros com medicamentos para febre, gripe, escaldões, problemas de estômago ou dores de dentes. Acrescente ainda à bagagem um pequeno estojo de costura para remendos de emergência.

- Controle a mesada dos seus filhos. Dê a cada um uma quantia para gastos pessoais e deixe claro que devem geri-lo para os seus todos os seus gastos até ao fim das férias.

- Guarde os talões das despesas mais importantes (combustível, supermercado, alojamento) e faça as contas no final das férias. Este método ajuda, também, a planear um orçamento para as do ano que vem.

Planeie a longo prazo

- Se está a tentar poupar para umas semanas no estrangeiro, comece um plano de poupança com um ano de antecedência. Abra uma conta no seu banco, estipule uma quantia mínima de mensal e ponha as poupanças a render.

- Uma ideia caseira, simples mas eficaz: Arranje um mealheiro para as moedas que lhe sobrarem ao fim do dia. A princípio pode parecer-lhe uma quantia insignificante mas, ao fim de uns meses, vai ficar espantada com o que conseguiu juntar. Toda a família pode e deve participar!

- Informe os seus amigos ou familiares que está a pensar viajar e que, quem quiser dar-lhe uma prenda, pode oferecer-lhe um cheque de viagem. Basta escolher uma agência de viagens que tenha essa modalidade. Esta é também uma boa ideia de oferta para casais que pensam em ir lua-de-mel mas com orçamentos curtos.

- Nunca faça créditos pessoais para viajar. Vão sair-lhe bem mais caros em juros.

- Faça pesquisa sobre os pacotes de férias mais baratos em alguns sites da Internet. Incluem passagem de avião, estadia em hotel e transporte do aeroporto para o hotel. Consulte os sítios http://www.netviagens.com; http://www.exit.pt/; http://www.abreu.pt/. Quase todos os sites de companhias aéreas possuem, também, uma área dedicada às promoções de última hora ou a leilões de bilhetes mais baratos: consulte http://www.british-airways.com/, http://www.iberia.com/ ou http://www.tap.pt.




- Se vai para o estrangeiro, opte pela estada em hotéis 'low cost' - de baixo custo - ou alugar quarto numa casa de particulares, o regime Bed and Breakfast.

- Os voos mais económicos saem e vão para aeroportos secundários. Opte por eles mas informe-se primeiro qual o sistema de transportes que o levará a cidade principal, se é esse o destino.

- Se quer poupar em tarifas de hotel, transportes e até nos bens de primeira necessidade pense em fazer férias fora da época alta. Esqueça o período que vai de Julho a meados de Setembro.
- Considere a hipótese de partilhar o alojamento e dividir as despesas com amigos ou familiares. Perde-se alguma privacidade até é mais animado na hora de fazer programas divertidos. Elaborar um calendário de escalonamento de tarefas domésticas é uma boa ideia. É saudável reservar dias para fazer coisas sozinha, só com o seu marido, namorado ou com outras pessoas que não os seus companheiros de férias.

- Se pensa em levar carro, trace um itinerário, contabilize o custo do combustível e as portagens, com semanas de antecedência. Se vai para o estrangeiro, compare com as tarifas de avião ou comboio que encontrar na Internet. Em certos casos, fica mais barato deixar o carro em casa.

- Mas, se decidir levá-lo, conte com espaço extra para levar mantimentos bem acondicionados. Comprar nos supermercados da zona para onde vai, em época alta, sobretudo se forem locais turísticos muito frequentados, pode sair mais caro.

- Leve mudas de roupa quente suficientes. Evite ser surpreendida por chuva ou frio e ter de comprar.

- Se é fã do contacto com a Natureza e dispensa mordomias, aproveite para fazer campismo. Este é mesmo o regime ideal para quem tem espírito aventureiro, quer andar na estrada, conhecer vários locais e tem pouco dinheiro para fazer turismo. Nos parques paga o preço ocupado pela tenda ou autocaravana, mais um suplemento por pessoa. Se usar eletricidade ou puser o carro dentro do parque, perto da tenda, também lhe sairá do bolso.



in activa.sapo.pt


6 de junho de 2012

Novidades fiscais para 2012: mais carga de impostos

Salários, imóveis, investimentos, bens e serviços: nada escapa ao aumento de impostos. Pouco ou nada pode deduzir no IRS a entregar em 2013. De austeridade em austeridade, a classe média continua a ser o maior contribuinte.

A extinção de benefícios fiscais, o emagrecimento acelerado das deduções, o aumento do imposto municipal sobre imóveis (IMI) e a subida da taxa de IVA em certos produtos e serviços não deixam margem para dúvidas: o agravamento de impostos continuará a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses. A agravar este cenário estão os cortes nos subsídios de férias e de Natal, previstos pelo menos até 2013 para os funcionários públicos e pensionistas.
Simule o corte nos subsídios
Se costuma contar com o reembolso de IRS para pagar algumas despesas, como o seguro do carro ou as férias, o melhor é replanificar o orçamento familiar. Os Pires, que em 2012 foram reembolsados em mais de € 1000 pelo Fisco, em 2013 só obterão 197 euros.
As medidas de IRS descritas neste dossiê só se vão refletir na entrega da declaração no próximo ano. Impostos do carro, aumento do IVA ou o agravamento do IMI fazem sentir-se já ao longo de 2012.
IRS

Deduzir despesas
Até 2011, a dedução das despesas, por exemplo, de saúde e de educação, tinham limites próprios, independentemente do rendimento do contribuinte. Em 2012, há tetos máximos para o conjunto das deduções à coleta – saúde, educação e formação, encargos com lares, e benefícios fiscais. Tal como no ano passado, os benefícios fiscais continuam abrangidos por outro limite máximo.
Quanto mais elevados os rendimentos do agregado, menos despesas poderá deduzir. Como demonstra o quadro, os contribuintes dos dois últimos escalões não têm direito a qualquer dedução. Estes limites são, no entanto, majorados em 10% por cada dependente ou afilhado civil (que não seja sujeito passivo de IRS). Por exemplo, quem tiver um filho e estiver no terceiro escalão, poderá deduzir até € 1375 (em vez de 1250 euros).
Não há limites para os dois primeiros escalões, mas como os rendimentos dos contribuintes do primeiro escalão são muito baixos, estes nunca pagam imposto. E, em regra, os do segundo também não, por causa das deduções automáticas por composição do agregado familiar.
Saúde
Os encargos com a saúde também sofrem um corte significativo. Se até agora podia deduzir 30% das despesas isentas de IVA ou sujeitas à taxa de 6%, em 2012, só poderá deduzir 10% e até 838,44 euros. As contas são simples: para uma despesa de € 1000, por exemplo, a dedução cai de 300 para 100 euros. Aquele limite é aumentado em € 125,77 por cada dependente, desde que o agregado tenha três ou mais filhos e todos com despesas de saúde.
Até 2011, os solteiros podiam deduzir prémios de seguros de saúde até € 85, e os casados até 170 euros, e mais € 43 por cada dependente. Em 2012, os limites descem para € 50 e € 100, respetivamente, acrescendo a estes valores € 25 por cada dependente.
Habitação
Os encargos com a compra de casa própria e permanente também não escapam aos cortes. Quem tem crédito à habitação deixa de deduzir os encargos com a amortização do capital. Só a dedução dos juros passa a ser possível e a percentagem dedutível desce de 30 para 15 por cento. Mesmo esta dedução será gradualmente reduzida até desaparecer por completo em 2016. Assim, se em 2012 o fisco permite deduzir € 591, em 2013 terá apenas em conta 75% deste montante, em 2014 considerará 50% e, em 2015, 25% (os € 591 podem ser majorados em função dos rendimentos sujeitos a IRS e da classe ambiental do imóvel).
A dedução das despesas com o crédito à habitação só possa ser aproveitada por quem comprar casa até ao final deste ano; quem o fizer em 2012, já nada poderá deduzir.
O fim da dedução também se aplica aos imóveis arrendados – a diferença está na data, adiada para 2018. Em 2013, os arrendatários podem deduzir 85% de € 591, 70% em 2014, 55% em 2015, 40% em 2016 e 25% em 2017 (os € 591 podem ser majorados em função da classe ambiental do imóvel).
Educação
Só as despesas com educação estão imunes aos cortes generalizados, mantendo-se os valores do ano anterior. Podem ser deduzidos à coleta 30% dos encargos de educação e de formação profissional realizados pelo contribuinte e seus dependentes até 760 euros. Nas famílias com três ou mais dependentes, este valor é elevado em € 142,50 por cada um, desde que todos sejam estudantes e tenham despesas de educação ou formação. Numa família formada, por exemplo, pelo marido, mulher e três filhos estudantes, o limite para esta dedução é acrescido em € 427,50 (3 × € 142,50): sobe de 760 para 1187,50 euros.
Pensões de alimentos
Cada contribuinte poderá continuar a deduzir 20% dos encargos, impostos por sentença judicial ou acordo homologado. Mas o anterior limite mensal de 1048,05 desce para 419,22 euros. Nalguns casos, este limite não poderá, ainda assim, ser aproveitado na totalidade devido ao teto para o "bolo" das deduções à coleta (ver quadro em cima).
Tutela partilhada
O Orçamento regula, pela primeira vez, as questões fiscais da tutela partilhada, respondendo a antigas exigências da DECO. Quando as responsabilidades parentais são exercidas pelos dois progenitores, as deduções à coleta pessoalizantes, as relativas aos dependentes com deficiência, os prémios de seguros, as despesas de saúde e educação, os encargos com lares e os benefícios fiscais são reduzidas em 50 por cento.
Na declaração a entregar em 2013, cada um dos pais poderá deduzir metade das despesas com o filho.
Se a responsabilidade é partilhada, faz sentido que as despesas também o sejam. Até aqui, os pais tinham de repartir os filhos pelas declarações de IRS quando havia mais de um, ou, quando só havia um dependente, mencioná-lo apenas numa das declarações.
Contribuintes com deficiência
Apesar de se ter falado no fim das isenções para contribuintes com deficiência, nada mudou relativamente a 2011. Em 2012, 90% dos seus rendimentos estarão sujeitos a imposto, e a parte excluída de tributação não pode exceder € 2500 por categoria de rendimentos. Caso contrário, também será tributada. Estes contribuintes podem ainda deduzir 25% dos prémios dos seguros de vida até 15% da coleta.
Profissões de desgaste rápido
Os mineiros, pescadores e outros profissionais de desgaste rápido podiam deduzir na totalidade os prémios de seguros de vida e acidentes pessoais. Em 2012, a dedução passa a estar limitada a € 2096,10, ou seja, a 5 vezes o indexante de apoios sociais (IAS).
Pensões
Em 2011, os pensionistas beneficiavam de uma dedução específica de € 6000, ou seja, só o rendimento remanescente ficava sujeito a imposto. Em 2012, essa dedução desce para € 4104 (a mesma dos trabalhadores por conta de outrem). Na prática, haverá mais pensionistas com rendimentos mais baixos a pagar imposto. Mas, tal como os trabalhadores por conta de outrem, os pensionistas com rendimentos líquidos até € 8148 não pagam IRS.
Investimentos
A taxa de imposto sobre as mais-valias de ações, obrigações e de outros valores mobiliários sobe de 20% para 25 por cento.
Os rendimentos de capitais – de depósitos a prazo, dividendos de ações, entre outros – estarão sujeitos a uma taxa liberatória de 25% (até 2011, 21,5 por cento).
Subsídio de refeição
Em 2011, o subsídio de refeição até € 6,41 estava isento de imposto, se pago em dinheiro, e até € 7,26, se entregue em senhas de refeição. Em 2012, os valores isentos de imposto são reduzidos.
Para fixar estes montantes, o Governo usa um valor de referência – este ano, de € 4,27 – que é depois majorado. No ano anterior, essa majoração era de 50% ou 70%, consoante o subsídio fosse atribuído em dinheiro ou vales de refeição. Já este ano, a majoração é reduzida para 20% e 60%, respetivamente. Resultado: mantendo-se o valor de referência em € 4,27, os montantes máximos não sujeitos a IRS descem para € 5,12 (em dinheiro) e para € 6,83 (em senhas de refeição).
Esta medida não implica que as entidades patronais reduzam o valor do subsídio dos trabalhadores; mas se pagarem o mesmo montante que em 2011, uma parte passará a ser considerada rendimento de trabalho dependente e sujeita a imposto. Assim, quem continuar a receber € 7,26 em senhas de refeições, terá de declarar 43 cêntimos como rendimento da categoria A.
Taxa adicional
Aos contribuintes com rendimento sujeito a imposto superior a € 153 300 anuais (depois de retiradas as deduções específicas) será aplicada uma taxa adicional de IRS de 2,5 por cento.
Taxas e escalões de IRS
Não sofrem alterações. Sem terem sido atualizadas as tabelas de cálculo de IRS, pelo menos com o valor da inflação prevista, os contribuintes vão ficar prejudicados relativamente a 2011.
Energias renováveis e obras de melhoramento térmico
Este benefício, já limitado em 2011 pelos tetos aos benefícios fiscais, desaparece por completo em 2012. Deixa, assim, de poder declarar despesas com equipamentos que funcionem com energias renováveis ou com obras de melhoramento térmico.
IVA

Revolução nas taxas aplicadas a alguns produtos: por exemplo, a maioria das águas engarrafadas passa para a taxa intermédia de 13% em vez da reduzida de 6 por cento. Os refrigerantes, como a Coca-Cola, serão taxados a 23 por cento. Automóvel

Ter carro também fica mais caro. O imposto sobre veículos (ISV), pago à cabeça no ato da compra, sofre um aumento significativo: 7%, em média. Este aumento é progressivo e penaliza a compra de carros de maior cilindrada, em regra, os mais poluentes. Os automóveis “comerciais”, sujeitos até aqui a 55% do valor do imposto, começam a pagar a totalidade do ISV.
O Imposto Único de Circulação (IUC) aumenta, mas pouco acima da inflação prevista (3,6 por cento). Os carros de coleção antigos também passam a pagar este imposto.
IMI e IMT

Períodos de isenção reduzidos, taxas e coeficientes de localização revistos em alta são algumas das alterações que vão pesar nos bolsos dos proprietários a partir de 2013. Conheça todas as novidades relativas ao imposto municipal sobre imóveis (IMI) aqui.
Os municípios do Interior já não podem “perdoar” o imposto municipal sobre transmissões (IMT) a quem compra habitação. Esta medida, em conjunto com outros incentivos revogados pelo Orçamento para 2012, eram muitas vezes usados pelas câmaras do Interior para combater a desertificação.
PPR e depósitos

Os planos de poupança-reforma (PPR) perderam o interesse como investimento. Apesar de, em teoria, manterem o benefício fiscal, este dificilmente pode ser aproveitado pelos contribuintes. Nas penalizações por resgate fora das condições previstas, voltou-se ao regime de 2010. Assim, os titulares têm de devolver os benefícios auferidos, acrescidos de uma penalização de 10% por cada ano usufruído.
Os planos de poupança-reforma (PPR) perderam o interesse como investimento. Apesar de, em teoria, manterem o benefício fiscal, este dificilmente pode ser aproveitado pelos contribuintes.
Nas penalizações por resgate fora das condições previstas, voltou-se ao regime de 2010. Assim, os titulares têm de devolver os benefícios auferidos, acrescidos de uma penalização de 10% por cada ano usufruído.
Até agora, só uma parte dos rendimentos de certificados de depósito e de depósitos bancários para prazos superiores a 5 anos pagava IRS. O valor oscilava entre 40% e 80%, em função da data de vencimento dos rendimentos. A partir de 2012, a taxa liberatória de 25% passa a incidir sobre a totalidade dos montantes depositados, independentemente do prazo.
O regime atual mantém-se para as importâncias investidas em aplicações a prazo e em planos de poupança em ações celebrados até à entrada em vigor do Orçamento do Estado. Mas os prazos inicialmente fixados para essas aplicações não podem ser prolongados.
Zonas francas da Madeira e ilha de Santa Maria

As transferências e operações relacionadas com offshores nas nossas “zonas francas” serão muito penalizadas. Entre outras medidas, alguns benefícios desaparecem ou são reformulados.
Eventuais erros do Fisco

Em caso de erro, o Estado deixa de devolver os impostos pagos a mais pelo contribuinte se relativos a IMT e imposto de selo. Quando o fisco se apercebia, num prazo de 4 anos, de um imposto cobrado indevidamente ou a mais, por exemplo, excesso de IMT, devolvia-o. A partir de 2012, a menos que o contribuinte dê conta dessa incorreção e peça a devolução, não será ressarcido. Tal não significa que deixe de receber o reembolso de IRS. Esteja mais atento ao cumprir as suas obrigações fiscais e, em caso de dúvida, contacte-nos através da nossa linha específica (ver Contactos). Lamentamos esta alteração legislativa que em nada vem melhorar a relação entre o Estado e os contribuintes.

in deco.proteste.pt

5 de junho de 2012

Como poupar dinheiro com o novo bebé


Nada pode estragar a felicidade e o encanto que um novo bebé traz para qualquer casal… a não ser as muitas contas que começam a acumular devido a todos os bens materiais e cuidados especiais que um recém-nascido requer. Saiba como poupar dinheiro, mesmo com uma nova adição na família.
  • Compre apenas aquilo que é prioritário, ou seja, já há tanta coisa que vai precisar de adquirir antes do bebé nascer que torna-se desnecessário e ainda mais dispendioso comprar coisas apenas porque são giras ou porque toda a gente tem.
  • Peça emprestado tudo o que puder. Pense nos amigos e familiares que já tiveram filhos e cujas idades actuais já rondam os 2 ou 3 anos – são as pessoas perfeitas para pedir emprestado a banheira, a alcofa, a cadeirinha, o carrinho e até a cama. Não tenha vergonha, o mais certo é sentirem-se aliviados por “despachar” mais umas coisas lá de casa, nem que seja a curto prazo.
  • Considere comprar tudo ou parte do que precisa em segunda mão. Desde que cumpra as normas de segurança e esteja em bom estado – o mais certo é estar, uma vez que os bebés utilizam tudo muito pouco tempo – não há qualquer problema, antes pelo contrário!
  • O saco do bebé é, no fundo dispensável. Na realidade, qualquer saco, desde que limpo e resistente, é perfeito para levar para todo o lado as mil e uma coisas que os recém-nascidos precisam!
  • Em vez de usar toalhitas, use uma luva de pano embebida em água morna.
  • Substitua as fraldas descartáveis pelas fraldas de pano.
  • Sempre que possível amamente. O leite de transição é bastante caro, assim como os biberões.
  • Nem todos os acessórios de bebé são práticos e imprescindíveis: antes de comprar um aquecedor de biberões para o carro, um sistema de vídeo vigilância entre o quarto e o resto da casa ou um baloiço portátil, pense bem na sua real utilidade.
  • Esqueça o fraldário e invista antes num pequeno e compacto colchão que pode estender na cama, no sofá ou no chão para mudar a fralda ao seu bebé. Daqui a dois anos quando a criança já não usar fraldas, o que vai fazer com esse móvel enorme?
  • Sempre que alguém queira emprestar-lhe roupa dos seus filhos, aceite! Para começar, no primeiro ano de vida, os bebés vestem cada peça meia dúzia de vezes se tanto, tal é a velocidade a que crescem. Em segundo lugar, a roupa de criança é bastante cara. Em resumo, anote esta curiosidade: em 10 anos, a pequenada cresce cerca de 1m 22cm! Por isso, aproveite toda a roupa que puder!
  • Pelo mesmo motivo acima apresentado, evite as marcas mais caras de roupa infantil e procure lojas de vestuário mais económicas sempre que precisar de comprar alguma peça adicional. Guarde esses pequenos luxos para ocasiões especiais.
  • Embora seja importante preparar o quarto do bebé para a sua chegada, é muito fácil gastar dinheiro a mais e desnecessariamente no que toca à sua decoração. Não se esqueça que os bebés crescem num instante e, em poucos anos, provavelmente terá de renovar toda a mobília, elementos decorativos e cor das paredes. Neste caso pode sempre optar pelos módulos de mobília que crescem com as crianças.
  • Confeccione os alimentos do bebé sempre que possível, evitando o recurso a boiões de comida já prontos a consumir… e a deixar um buraco na carteira.
  • Resista à tentação de comprar todos os brinquedos e peluches que vê, só porque são “fofinhos”. Nos primeiros meses de vida, os bebés fazem pouco mais do que comer e dormir, ou seja, não necessita de grandes distracções. Quando precisar de brinquedos, concentre-se em adquirir poucos e bons; pode sempre improvisar com coisas lá de casa – colheres, tupperwares, testos de panelas… a pequenada adora tudo o que pertence aos adultos!
  • Evite comprar roupa, calçado e até fraldas com muita antecedência, criando um stock que pode nunca ser utilizado. É um facto que as crianças crescem muito depressa e algumas até acabam por “saltar” tamanhos, deixando vestuário e outros equipamentos por estrear.
  • Compare preços em várias lojas antes de adquirir algo importante (e caro!) como um carrinho ou cama de viagem. As grandes marcas e as mais conhecidas são sempre mais caras, mas isso não quer dizer que sejam melhores do que as outras em termos de qualidade e segurança. Faça os trabalhos de casa e poupe a sua carteira!
  • Crie uma lista de nascimento. À semelhança das listas de casamento, esta também lhe permite compilar uma lista de objectos e roupas que mais precisa, facilitando assim a tarefa de quem quer presentear o recém-nascido. Escolha uma ou mais lojas e peça aos avós e tios para “passar a palavra”. Se não for possível elaborar essa lista na loja que pretende, peça a uma amiga ou familiar para servir de intermediário.
in saberpoupar.com
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