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15 de outubro de 2010

Contas à ordem: poupe sem sair do sofá

As contas à ordem, sejam simples (correntes) ou com crédito automático associado (ordenado), são indispensáveis para receber o salário, pagar serviços ou a prestação da casa, ou servir de suporte a uma aplicação financeira, por exemplo. Mas optar pelo banco errado pode sair muito caro.

Mais barato movimentar pela Net
Os bancos têm vindo a aumentar os custos do serviço de netbanking associado às contas-correntes. Movimentar uma conta pela Net pode custar até 30% mais hoje do que em 2009. Ainda assim, este continua a ser o meio mais económico e o mais cómodo, se comparado com o telefone e com o balcão: pode pedir cheques, fazer transferências e dar ordens de bolsa a partir do computador de casa ou do trabalho por cerca de metade do que pagaria ao balcão, ou até menos.
Se receia pela segurança dos seus dados ou o serviço de netbanking não tem as operações que lhe interessam, opte pelo multibanco. É prático e tão ou mais barato do que os outros canais. Não paga pelas transferências interbancárias nacionais com número de identificação bancária (NIB) e, nalguns casos, os cheques também são gratuitos.

Mudar para uma conta-ordenado
Caso não tenha o salário domiciliado no banco, está na altura de passar à acção. Ao contrário das correntes, as contas-ordenado têm agora menos custos do que em 2009. Além disso, são mais baratas, pois a maioria não cobra despesas de manutenção, nem as anuidades dos cartões de débito e/ou de crédito. Alguns bancos oferecem ainda as cadernetas de cheques e as transferências pela Net com número de identificação bancária (NIB).
Para mudar para uma conta-ordenado, basta pedir a requalificação no banco, preencher um impresso e apresentar os últimos recibos de vencimento e/ou uma declaração da entidade patronal com o vencimento mensal. Os bancos não cobram pela alteração. Em princípio, só lhe exigirão um ordenado igual ou superior a € 500, mas pode encontrar quem fixe valores mais baixos.
As taxas de juro do crédito-ordenado são menos elevadas do que noutras soluções de crédito, mas convém evitar o recurso sistemático ao saldo-descoberto: ao fazê-lo estará quase sempre a pagar juros e, logo que o salário seja depositado, é subtraída a dívida. Se prevê adiar com frequência o pagamento das despesas mensais, prefira o cartão de crédito. Tem um período gratuito de 20 a 50 dias, que lhe permite devolver o dinheiro na totalidade, sem pagar juros.

Pacote nem sempre compensa
Além das contas-correntes e ordenado, existem contas em forma de pacote: estas permitem aceder a um conjunto de produtos e serviços, como transferências interbancárias e pagamentos com cartão, mediante o pagamento de uma comissão mensal única. Ou seja, o consumidor paga um valor fixo por mês, em vez do custo unitário dos cheques, das transferências, dos movimentos com cartões, etc. Em função do pacote contratado, tem direito a descontos nos seguros, nas comissões dos créditos ou bonificações na taxa de juro, entre outros.

Ainda que estes produtos sejam publicitados como vantajosos, só compensam se o consumidor utilizar todos os serviços que os compõem. Por exemplo, se vai contratar um crédito à habitação, é provável que tenha interesse na redução das despesas de dossiê para metade. Mas será que também lhe interessa contratar e pagar um seguro de responsabilidade civil familiar? Para saber qual dos produtos lhe compensa mais, antes de aderir, defina o seu perfil (número de transferências interbancárias, cheques, pagamentos com cartão, etc.) e contabilize o custo de utilização individual e por pacote.

in deco.proteste.pt

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