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3 de maio de 2012

Como uma melhor imagem pode abrir portas no trabalho


Numa altura em que procurar emprego é cada vez mais um desafio, ter uma boa apresentação faz toda a diferença.
Quem ainda não acredita que a imagem é um dos melhores cartões de visita de um profissional tem muito pouco tempo para se desenganar. Há cerca de dois anos o jornal francês Le Figaro já tinha chamado a atenção para este facto, lembrando que em tempo de crise o ‘dress code' se altera - pedindo uma imagem mais austera e com menos reflexos de luxo. Mas menos luxo não pode ser sinónimo de descuido. E longe vão os tempos em que os profissionais eram valorizados simplesmente pelo que sabiam e nunca pela forma como se vestiam. O factor imagem pode mesmo ser decisivo num processo de recrutamento. Numa conjuntura tão difícil como a actual, em que o trabalho cada vez mais escasseia e a manutenção de um emprego está longe de ser um dado adquirido, não conta só o desempenho mas também a imagem que se transmite.
Sinal disso é que os serviços de consultoria de imagem se foram multiplicando e conhecem cada vez mais procura, tanto por parte de particulares como de empresas, que querem ajudar os seus funcionários a fazer um melhor aproveitamento da sua imagem. Antes de mais "o importante é elucidar as pessoas sobre o seu tipo de corpo e ensiná-las a rentabilizar a roupa que têm em casa", explica Margarida Marques de Almeida, da Style It Up, ao Diário Económico. "Depois é preciso adequar o estilo à função que se desempenha ou à qual se está a candidatar", refere a especialista, que garante que ao contrário do que muitos ainda pensam, "este não é um serviço de luxo".
Apesar da actual crise, Dora Dias, da Blossom Imagem Consulting confessa que, "se calhar, um pouco contra todas as expectativas, as pessoas procuram cada vez mais fazer compras mais informadas". Por isso, as clientes vão das que contactam a empresa mais porque querem apresentar-se de acordo com as tendências da moda como porque têm preocupações de origem económica e querem melhorar a imagem e tirar melhor partido do seu guarda-roupa.
Margarida Marques de Almeida, uma das sócias da Style It Up, defende mesmo que não só em contexto profissional mas também pessoal, "é importante as pessoas procurarem ter uma imagem sempre actual", nota. Chegar a uma entrevista de emprego e apresentar uma imagem ultrapassada pode passar a ideia errada de que a própria pessoa está desactualizada enquanto profissional. "Hoje em dia vivemos num mundo em que a imagem tem muita importância. Uma pessoa que se preocupa com a sua aparência mostra cuidado e respeito não só pelas suas funções como pela própria empresa onde trabalha", reforça Dora Dias. "Se alguém tiver de escolher entre duas pessoas com as mesmas competências mas em que uma tem uma imagem mais cuidada, esta última tem mais hipóteses", acrescenta.
A Style It Up é uma empresa de consultoria de imagem procurada maioritariamente por mulheres executivas na casa dos 30 ou quarenta anos. "Mas também há pessoas que estão desempregadas e que nos pedem ajuda para melhorar a sua imagem junto de possíveis empregadores", diz a responsável. Já Dora Dias diz que tem entre os seus clientes profissionais liberais, consultores, gestores, responsáveis de topo de empresas ou mesmos senhoras que vêm de Angola ou do Brasil, com alguma capacidade financeira e que procuram a Blossom para as ajudar na compra de roupa ('personal shopping').
Embora varie consoante as exigências do cliente, o preço de uma consultoria na Style It Up que inclua análise corporal, análise do guarda-roupa e conselhos sobre como rentabilizar as peças que se tem em casa pode custar cerca de 450 euros. Já o custo serviço de ‘personal shopping' - acompanhar a pessoa nas compras e garantir que adquire peças que a valorizam - varia e acrescenta ainda o custo das compras em si. "Cada pessoa define o que quer ou pode gastar. Em média as pessoas que chegam até nós têm um orçamento de 200 euros para gastar, que já dá para bastante", conta Margarida.
Na Blossom, tanto se oferece serviços mais económicos, com preços que podem ser de 35 euros, por exemplo, como fazem análises de estilo, trabalhos mais exaustivos, em que o preço já será de 150 euros.
Preparar mulheres para o mercado de trabalho
Parece, à primeira vista, uma empresa de mudança de imagem mas a Dress for Success é, na verdade, uma ONG que tem por missão promover a integração e sucesso das mulheres no mercado de trabalho. "As mulheres que vão ter connosco têm dificuldades financeiras, são mães solteiras ou estão desempregadas há muito tempo", explica Fernanda Machado, responsável em Portugal pelo projecto de raízes norte-americanas. A Dress for Success prepara-as para a primeira entrevista de emprego e acompanha-as nos primeiros tempos do novo desafio. Ajudar a aumentar o grau de sucesso no mercado de trabalho passa não só pela melhoria da imagem e apresentação mas também por um maior nível de conhecimentos e por uma postura adequada. O lema é o de que "todas nós podemos começar como empregadas de mesa e terminar donas de restaurantes", exemplifica. A empresa não tem por função ajudar na procura de emprego, avisa a responsável. Quem chega à Dress for Success tem uma primeira entrevista e pede ajuda na sua preparação. Quem não for bem sucedida, conta com o apoio da organização para ‘afinar' o que pode ser melhorado. A roupa para as clientes resulta das doações. Entre os ‘mecenas' contam-se CGD, Citibank, Galp, Accenture ou a embaixada dos EUA. No balanço dos primeiros três meses de existência, Fernanda Machado diz que "em 48 mulheres, 18 entraram no mercado de trabalho".

in economico.sapo.pt

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