MENSAGENS RECENTES DO BLOG

30 de outubro de 2023

Fez uma encomenda que não chega, desapareceu ou foi cancelada?


 

Fez uma encomenda que não chega, desapareceu ou foi cancelada? Fique a par dos seus direitos e saiba o que fazer nesta situação.

A crescente popularidade e conveniência das compras online transformou a maneira como atualmente adquirimos produtos e serviços. De acordo com a Anacom, em 2022, 43% dos portugueses fizeram compras através da internet, mais 2 pontos percentuais do que em 2021.

No entanto, perante uma encomenda que não chega, desaparece em trânsito ou é cancelada, o sentido de conveniência pode dar lugar à incerteza. Neste artigo, damos-lhe a conhecer os direitos dos consumidores nestas situações, assim como  os passos a dar para as resolver.

 

Devolução em 14 dias
É importante que, comprar online, depois de receber a encomenda, tem 14 dias para mudar de ideias e fazer a devolução do artigo ou comunicar a desistência do serviço. Não tem custos adicionais, nem tem de especificar o motivo. Este período de reflexão não se aplica a todos os tipos de compra, como é o caso de bilhetes de comboio, de avião ou para concertos, produtos comprados a particulares ou fabricados por encomenda e personalizados, entre outros. Pode saber mais na página oficial da União Europeia.

 

 

Qual o prazo a considerar para receber a sua encomenda?

Encomendar pela internet é prático e fácil, mas também pode ser uma fonte de frustração quando as encomendas demoram a chegar.

 Ainda que saiba de antemão que, ao comprar online, terá sempre de esperar pela entrega, também é importante que saiba que a legislação portuguesa e as normas da União Europeia (UE) garantem a proteção aos consumidores no caso de encomendas atrasadas.

No entanto, para se falar em atraso de encomenda, é preciso perceber qual ou quais os prazos a considerar para a entrega.

Prazo para entrega sem data combinada

Segundo a legislação nacional (Regime aplicável à defesa do consumidor) e as normas da UE, quando não há uma data combinada para entrega, o consumidor tem o direito a receber a encomenda no prazo máximo de 30 dias, a contar do dia a seguir ao registo da encomenda. Findo este prazo, pode considerar-se a encomenda atrasada. 

Prazo para entrega com data combinada

Quando há uma data combinada para entrega da encomenda, o consumidor tem o direito de exigir o cumprimento desse prazo. Ultrapassada a data combinada, passa a existir atraso na entrega por parte do vendedor.

 

Tome Nota:
Desde março de 2022 que não é permitido o bloqueio de vendas online para as regiões dos Açores e da Madeira.

 

in cgd.pt


16 de outubro de 2023

Prestações a subir? Calcule quanto poupa com o crédito consolidado


 O crédito consolidado pode fazer baixar as suas mensalidades, mesmo com a Euribor a subir. Saiba quanto pode poupar todos os meses.

 


 

A Euribor, à qual está indexada a maioria dos créditos à habitação em Portugal, não parece dar tréguas. A subida continuada ao longo do último ano, fez disparar as prestações das famílias, causando-lhes sérias dificuldades para suportar as despesas mensais. À subida dos juros, seguiu-se a subida dos preços, colocando uma pressão acrescida num orçamento mensal já de si fragilizado.

Dada a situação atual, é importante fazer baixar os gastos mensais, até porque não se prevê que o cenário económico melhore nos próximos meses. O crédito consolidado é uma das opções a considerar para reduzir as despesas com créditos e chegar ao final do mês com dinheiro na carteira.

O que é o crédito consolidado?

Um crédito consolidado é aquele que junta todas as suas dívidas numa só. Por exemplo, se tiver contratado um crédito habitação, um crédito automóvel e um crédito pessoal, todos com condições individuais , um crédito consolidado junta esses todos num único empréstimo, com condições únicas.

Pode fazer um crédito consolidado no banco onde já é cliente ou noutra instituição financeira. Na prática, o que acontece é que essa instituição vai saldar as suas dívidas junto das restantes e conceder-lhe um crédito de valor igual ao das dívidas que tinha antes.

As vantagens de consolidar os créditos

Quando avança para um crédito consolidado, a primeira coisa que nota é que, todos os meses, passa a pagar uma única prestação a uma única entidade.

Isso simplifica a gestão orçamental, ajuda a evitar esquecimentos e também lhe permite ter uma noção mais exata das suas responsabilidades financeiras.

Além desta organização, o crédito consolidado permite-lhe ter mais folga financeira, uma vez que a prestação que fica a pagar é normalmente mais baixa do que a soma de todas as prestações que pagava antes.

Como é que o crédito consolidado pode ser mais barato que os outros?

Esta é uma questão muito pertinente. Como é possível que o todo seja menor do que a soma das partes? A resposta está na forma como os bancos e entidades de crédito fazem as contas.

De uma forma geral, quem empresta dinheiro oferece melhores condições quanto maior for a quantia em causa. Certamente nota que a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) do seu crédito ao consumo é mais alta do que a do crédito habitação. Ora, é esta lógica que faz com que pedir um crédito consolidado lhe proporcione melhores condições do que contrair vários pequenos créditos a diferentes instituições.

Por outro lado, as prestações de créditos com prazos curtos tendem a ser mais altas do que as de créditos com prazos longos. Ora, ao pedir um crédito consolidado está a abrir espaço a uma nova negociação de prazos, que pode usar para estender o compromisso e, com isso, baixar as prestações mensais.

O grau de poupança conseguido por um crédito consolidado depende de algumas variáveis, como as condições que negociou inicialmente nos créditos que tem. Em situações limite, a prestação única pode ser menos de metade do valor das prestações originais.

 

O caso do Paulo e da Marisa

Vamos a um exemplo. Imagine que o Paulo e a Marisa têm a seu cargo três créditos:

  • um para o carro (10.850€, prestação de 330€);
  • um do cartão de crédito (2.400€, prestação de 112€); e
  • um crédito pessoal (10.700€, prestação de 529€).

No total, o Paulo e a Marisa devem 23.950€ e pagam 970€ em todos os meses para manter as contas em dia.

Se avançarem para um crédito consolidado, o Paulo e a Marisa não só podem pedir o valor total das dívidas, como podem aumentá-lo para ter alguma liquidez imediata.

Vamos supor que o casal pede um montante adicional de 1.050€, assumindo uma dívida total de 25.000€, a ser paga ao longo de 84 meses com uma TAEG de 12,80%.

A prestação do crédito será, neste caso, de 470€, menos de metade dos 970€ iniciais.

 

Antes

330€

112€

529€

Total mensal – 970€

Crédito Consolidado

 

1 só prestação

 

Total mensal – 470€

Contas feitas, o Paulo e a Marisa conseguem uma poupança mensal de 500€ e ainda recebem 1.050€ para responder a problemas mais urgentes. Num ano vão poupar o total de 6 mil euros.

Faça as contas

O crédito consolidado não traz a mesma poupança para toda a gente. Para ter uma ideia aproximada do impacto que esta operação teria no seu orçamento, o melhor é usar um simulador de crédito consolidado.

Basta selecionar os valores que quer pedir e acertar alguns detalhes pessoais para receber uma proposta de mensalidade que pode depois comparar com os seus compromissos correntes.

 

in e-konomista.pt

 

Combustíveis de marca branca: compensam ou não? - teste DECO

Por que se continua a não apostar em combustíveis de marca branca? saiba a resposta e o que está em causa para a sua viatura.

 

Combustíveis de marca branca: compensam ou não? - teste DECO

Em altura de crise, os combustíveis de marca branca seriam, teoricamente, uma alternativa menos dispendiosa e amiga da carteira para a grande generalidade dos portugueses. O pensamento lógico seria esse, correto? Pelos vistos não.

Segundo um estudo da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), que teve em consideração dados recolhidos entre 2018 e 2020, período durante o qual já envolveu uma parte da pandemia do Covid-19, o típico consumidor nacional opta quase sempre por adquirir combustíveis de marcas premium, como a Galp, BP, Cepsa ou Repsol.

Uma vez que a definição de marca branca é subjetiva, para efeitos deste artigo, considerar-se-á estas cinco como marcas premium e as restantes, como, a título de exemplo, as vendidas no Auchan e no Intermarché, serão consideradas combustíveis de marca branca.

“A Galp Energia, a Repsol, a Cepsa e a BP, ou como referido ao longo deste relatório as companhias petrolíferas de bandeira, têm uma representação nas introduções a consumo no mercado nacional superior a 80% para as gasolinas e superior a 80% para os gasóleos, para todo o período analisado (de 2018 até final do primeiro semestre de 2020)”, pode-se ler no referido estudo.

Aliás, o mesmo estudo salienta que se a essas quatro se juntar a Prio, obtêm-se “uma quota de mercado agregada confortavelmente acima dos 95%”.

Além disso, para se ter uma noção do quão custoso pode ser abastecer o veículo, note-se que perto do pico dos preços, entre janeiro de 2021 e outubro de 2022, o preço médio da gasolina passou de 1.406€ para 1.825€, um aumento de 129%, enquanto o de gasóleo ainda subiu mais e foi dos 1.245€ para 1.856€, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 149%.

Atualmente os preços estão mais baixos (não muito), mas a volatilidade do mercado faz com que nunca se saiba o que vai acontecer semana após semana.

Dos registos encontrados, o único ano em que as marcas brancas tiveram uma boa notícia foi em 2014, altura em que um estudo da Accenture e da Associação Portuguesa da Energia (APE) demonstrou que quase metade dos portugueses abastecia com combustíveis de marca branca. Porém, desde então, tudo mudou.

Apesar de, desde 2021, ainda não se encontrar dados suficientes sobre o comportamento do consumidor em relação aos combustíveis, a realidade é que, tendo em conta que, já em 2016, 80% do combustível eram adquirido junto de marcas premium e, mesmo adivinhando-se algumas alterações nos últimos dois anos, porém assumindo que não serão provavelmente significativas, levanta-se a questão: porque é que se continua a não apostar em combustíveis de marca branca?

Combustíveis de marca branca: que qualidade?

A única explicação lógica para este comportamento por parte dos portugueses é a existência de bastantes desconfianças relativamente a combustíveis de marca branca.

Há vários mitos apregoados, como o facto de serem mais prejudiciais ao motor, terem menos qualidade e, inclusivamente, que é adicionada água ao combustível. No entanto, tal como em outras situações, a maior parte desses “ditos” não têm base científica.

Primeiro, há que ter em atenção que a definição de marca branca e low-cost estão muitas vezes associadas, levantando suspeitas relativamente à primeira. No entanto, tanto uma como a outra são designações populares ou de mercado.

Na realidade, em termos técnicos, no que ao combustível diz respeito, não há diferenças em termos de produção, transporte ou carregamento.

O termo vem apenas do posicionamento de uma determinada marca e dos preços que pratica relativamente aos seus concorrentes.

Depois, há que ter em consideração que há uma entidade que supervisiona e fiscaliza os postos de combustível e a qualidade do mesmo. Trata-se da  DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia), que tem por objetivo garantir que os padrões de qualidade dos combustíveis automóveis cumprem os padrões de qualidade impostos pelas normas europeias definidas para o gasóleo e para a gasolina.

Finalmente, apesar de nem toda a gasolina e gasóleo vendidos em Portugal serem refinados no mesmo local, a verdade é que a maior parte do combustível que se adquire tanto nas bombas de combustível de marca branca ou premium é refinado em Sines, numa refinaria gerida pela Petrogal, do mesmo grupo da Galp. Ou seja, a probabilidade do combustível vendido na Galp, na BP, ou no Auchan, ou no Intermarché, ser refinado no mesmo local é elevada.

Percebe-se então que em termos de combustível simples, não há diferenças entre combustível de marca branca ou premium. A única diferença será efetivamente no combustível aditivado que, pese embora as grandes não indicarem os componentes, segundo especialistas podem trazer alguns benefícios.

É que esses compostos adicionados servem para garantir um cuidado extra em lubrificar e proteger o motor, melhorar o desempenho do mesmo e, até, diminuir a emissão de gases poluentes e os consumos de combustível.

Porém, é de forma quase unânime que vários especialistas indicam que as vantagens são residuais, sendo que, para a maioria dos consumidores, o dinheiro extra pago pelo combustível aditivado não compensa.

Aliás, ao que tudo indica, os portugueses pensam já dessa mesma maneira, uma vez que a percentagem de combustível aditivado que é vendido por ano não costuma ultrapassar os 33% (um terço).

O teste da Deco

Poder-se-ia pensar que para cada estudo defendido por um grupo de especialista, há sempre um outro que efetivamente provam exatamente o contrário. Foi exatamente esse o pensamento da Deco. A organização de defesa do consumidor decidiu, há uns anos, fazer uma espécie de tira-teimas e resolver de vez o debate.

O estudo da Deco foi realizado tendo como base da experiência quatro automóveis idênticos, mas com combustíveis diferentes: Galp Gforce, Galp Hi-Energy, Jumbo e Intermarché, os líderes de mercado nos seus segmentos na altura.

O teste foi efetuado apenas com automóveis a gasóleo, uma vez que, segundo a entidade de apoio ao consumidor, estes acumulam mais resíduos e poderiam efetivamente apresentar resultados diferentes no que diz respeito a consumos e a uma deterioração mais rápida do motor.

Apesar disso, após 12 mil quilómetros de condução, os quatro carros utilizados exibiram consumos muito idênticos e, no interior do motor, não foram vislumbradas diferenças relevantes nos depósitos. A maior diferença foi de 0,13 litros aos 100 quilómetros entre o pior e o melhor caso. Ou seja, uma diferença de dois por cento.

Para se perceber o quão residual é essa diferença, a Deco salientou que “por exemplo, a pressão incorreta nos pneus aumentava o consumo em 5%, o que equivalia a mais 0,33 l/100 quilómetros”. O objetivo era realçar que alguns hábitos de condução, ou a maior ou menor manutenção de um veículo, são mais relevantes no que aos consumos diz respeito do que a marca do combustível.

Portanto, se pertence à grande maioria dos consumidores que opta por não colocar combustível aditivado, talvez seja a altura de começar a olhar para a carteira também e a abastecer com combustível de marca branca.

 

in e-konomista.pt


 

 

 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...