Com um orçamento de 19 milhões de euros, o YotaPhone vai ser a sensação dos smartphones em 2013.
Trinta e cinco engenheiros fechados num laboratório desde maio estão a
criar o que poderá ser uma das maiores inovações no mercado em 2013: o
YotaPhone. O protótipo do primeiro smartphone russo foi apresentado este
mês em Moscovo, pelo CEO da empresa Yota Devices, Vladislav Martynov. À
primeira vista, é um dispositivo impressionante – o que ajuda a
explicar porque é que recebeu um orçamento de 25 milhões de dólares (19
milhões de euros) e a atenção de toda a indústria.
“Criámos isto para ser diferente. Hoje em dia a maioria dos
smartphones são aborrecidos – são apenas caixas. Isto é um telemóvel
para as pessoas que querem estar fora da caixa”, disse Martynov ao Wall
Street Journal, durante a apresentação do protótipo. O responsável de 43
anos tem vontade de fazer história, e prepara o lançamento do telemóvel
já no início do ano, primeiro no Consumer Electronics Show em Las Vegas
e depois no Mobile World Congress, em fevereiro. A maior feira anual
dedicada ao mundo móvel deverá ter em 2013 uma das suas edições mais
ferozes, já com os novos BlackBerry 10 e possivelmente o Samsung Galaxy
S4. Mas o YotaPhone seguramente vai virar cabeças.
A principal
característica deste smartphone é que não tem um, mas dois ecrãs de 4,3
polegadas (o novo iPhone 5 tem 4). Na parte da frente um LCD tátil, na
parte de trás um ecrã de papel eletrónico. E a promessa de uma bateria
que dura mais que a dos smartphones topo de gama, cuja autonomia é ainda
uma das maiores fraquezas. Depois de apresentado no MWC, em Barcelona, a
intenção da empresa é lançar o YotaPhone na Rússia durante o terceiro
trimestre de 2013 e enviá-lo depois para o resto do mundo no quarto
trimestre, a tempo das compras de Natal. Quanto ao preço, deverá rondar
os 500 euros. Lá dentro, o omnipresente Android da Google, que nessa
altura já deverá ir na versão 5.
“Eles têm uma ideia inovadora, mas uma marca desconhecida”, considera
a analista Carolina Milanesi, da Gartner. “O mercado dos telemóveis é
muito virado para a marca e a moda, portanto concorrer será difícil”,
atestou ao WSJ.
No entanto, a abordagem é interessante quando se
pensa na quantidade de smartphones Android que existem no mercado. De
centenas de modelos, apenas alguns se distinguem, nomeadamente os Galaxy
da Samsung. Desenhar um telemóvel com dois ecrãs é receita segura para
sobressair entre a concorrência, cada vez mais difícil num mercado em
que 75% dos dispositivos são Android.
Além de alta definição, o
YotaPhone será 4G e terá um processador Snapdragon MSM 8960 da Qualcomm.
Também terá a capacidade de passar informação do ecrã principal para o
ecrã a preto e branco, como por exemplo um bilhete de avião eletrónico:
mesmo que o telemóvel fique sem bateria, o bilhete continua a estar
disponível no ecrã traseiro. A Yota tem grandes expectativas para este
telemóvel, e o mercado também.
Google está a desenhar o seu próprio telemóvel
Agora
que comprou a Motorola, a Google está a preparar o primeiro smartphone
integralmente desenhado e fabricado por si. O X-Phone, nome de código
revelado pelo Wall Street Journal,a deverá ser lançado em meados de
2013. Terá uma integração total de hardware e software, replicando a
estratégia da Apple com o iPhone. A Google pretende usar também as
tecnologias adquiridas com a compra recente da Viewdle, uma empresa de
software de reconhecimento gestual e imagética.
In: www.dinheirovivo.pt
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