No que toca a oferta
de emprego, os professores portugueses lidam com um dos cenários mais
complicados das últimas décadas. Se por um lado a reorganização da rede
escolar fez cair o número de professores necessários no sector público, a
crise afugentou alunos do sector privado, que também travou o
recrutamento de novos docentes. Assim sendo, que podem os professores
portugueses fazer?
Natacha Castro, professora de Português no 3º ciclo e secundário, e
desempregada há uns meses, não consegue apontar nenhuma oportunidade.
“Os centros de estudo e de explicações [que representam grande parte da
oferta para professores neste momento] não propõem contratos aos
professores” descreve, “apenas regimes precários, porque é uma incógnita
o número de alunos que podem pedir apoio a uma disciplina. Estes
trabalhos podem servir de complemento a alguém que já esteja a trabalhar
noutro sítio - o que, por si só, é obviamente insuficiente.”
E emigrar é uma opção para os professores? “A emigração pode
ser uma realidade nalgumas áreas, mas por exemplo, na minha área é
muito difícil, sobretudo depois de os professores de português no
estrangeiro terem visto os seus contratos interrompidos sem qualquer
outra razão que não a de poupar dinheiro.”
A descrição não é
encorajadora, mas é verdade que ainda existem algumas oportunidades para
quem queira fazer do ensino a profissão. Aqui e no estrangeiro, em mais
do que uma área e disciplina, estas são algumas das empresas que andam à
procura de professores. Em alguns casos, especificamente de professores
portugueses.
In: www.dinheirovivo.pt
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