Empresas dão formação a jovens e pagam
Dez entidades públicas prestam formação equivalente ao 12º ano e dão bolsa de 42 euros a cada aluno
Dez empresas públicas vão dar formação equivalente ao 12º ano a jovens
entre os 15 e os 24 anos, atribuindo uma bolsa de
profissionalização de 42 euros por mês,
a cada aluno, segundo o secretário de Estado do Emprego.
As
entidades são
os CTT, ANA (gestora dos aeroportos),
TAP Portugal, CP, EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento
Ferroviário), REFER (gestora
da infraestruturas ferroviárias),
Metropolitano de Lisboa, Transtejo, Estradas de Portugal e STCP
(Sociedade de Transportes
Coletivos do Porto), que assinaram esta
quarta-feira protocolos de colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional,
segundo a Lusa.
O secretário de
Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, destacou o «impacto positivo» do
sistema
de aprendizagem dual (teórica e
prática, em contexto de trabalho nas empresas) na empregabilidade dos
jovens, considerando
que «é uma vantagem muito importante».
«A oportunidade de aprender algo com estas empresas irá reforçar a sua
empregabilidade», afirmou.
A formação dura cerca de dois anos e meio e implica a assinatura de um contrato, mediante
o qual será atribuída uma bolsa de 42 euros.
Pedro
Silva Martins adiantou que aproximadamente 40% do tempo total
de formação é passado nas empresas e
sublinhou que esta incidirá em «setores de forte componente
tecnológica», nomeadamente
eletrónica e automação, energia,
serviços de transporte e metalomecânica.
O secretário de Estado acrescentou que
as vagas em cursos de aprendizagem dual cresceram 50% neste ano letivo
e que pretende atingir uma meta de 30 mil alunos
em 2012, 50 mil em 2015 e 100 mil em
2020, estando atualmente envolvidas mais de 5.600 empresas.
Quanto
ao número
de vagas que serão criadas nas empresas
públicas está ainda por determinar: «Estes protocolos permitem a
criação de várias
turmas, de forma a assegurar a
colocação a várias dezenas ou, eventualmente, várias centenas de jovens
que vão fazer a sua
formação prática nestas empresas»,
disse, adiantando que «atualmente, estão lançadas cerca de 700 turmas de aprendizagem
dual».
Instado a comentar os dados hoje divulgados sobre a taxa de desemprego, que subiu para 15,8% no terceiro trimestre e entre os jovens está quase nos 40%,
Pedro Silva Martins admitiu «preocupação», mas salientou
que os números são semelhantes aos que
já foram divulgados pelo Eurostat e estão «enquadrados nas perspetivas
que já foram
apresentadas», pelo que o Governo
mantém a sua estimativa de 15,5% para 2012.
«São números que
obviamente merecem
a maior preocupação. O desemprego em
Portugal é particularmente elevado, mas essa é uma razão que nos dá
ainda mais alento
para dinamizar iniciativas como esta
(...). Temos de investir em ações que permitam a aquisição de
competências que sejam
as mais apropriadas, nomeadamente neste
contexto de transformação que a economia portuguesa está a atravessar».
In: www.agenciafinanceira.iol.pt
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