Natália Nunes afirmou hoje que as 60% de famílias que a Deco estima que
fiquem de fora do diploma devem ainda assim expor a sua situação
A Deco sublinhou hoje que a nova lei do crédito à
habitação - que permite às famílias em dificuldades a renegociação dos
empréstimos com os bancos e entra hoje em vigor - exclui 60% das
famílias que peçam ajuda mas que estas deverão, mesmo assim, apresentar a
sua situação.
Em declarações à TSF, Natália Nunes, da Deco, afirmou que a lei "estabelece muitos requisitos que fazem com que as famílias em dificuldade, confrontadas com cortes salariais ou mesmo em situações de desemprego, não possam beneficiar destas medidas agora aprovadas", criticando o facto de esta se aplicarem apenas ao crédito à habitação, "quando nós sabemos que as famílias não têm só crédito à habitação, têm vários créditos".
Natália Nunes lembrou ainda
que "tendo por base o requisito relativo ao rendimento que as famílias
têm de ter, mais de 60% das situações estão excluídas".
"Desde
logo se vê que o diploma é demasiado restritivo e, em bom rigor, não vai
beneficiar as famílias que verdadeiramente necessitam", considerou.
A
responsável da Deco aconselha, no entanto, as famílias em incumprimento
que não possam renegociar o crédito a apresentarem ainda assim a sua
situação ao banco, "para tentarem ver conjuntamente - consumidor,
família, entidade credora - a possibilidade de encontrar uma solução,
que poderá passar por renegociar o crédito ou até em última instância
pela renegociação da entrega da casa, que é algo que a banca hoje
pratica e que está tambem previsto neste diploma".
A nova lei do
crédito à habitação entra hoje em vigor e permite que famílias em
dificuldades possam renegociar o crédito com os bancos para poderem
pagar os empréstimos das casas.
In: www.dinheirovivo.pt
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