Foram entregues 1.100 imóveis para pagamento da dívida. Já na comparação com o segundo trimestre, número aumentou
A entrega de casas aos bancos caiu para quase metade no terceiro
trimestre,
em relação ao início do ano. No
entanto, quando comparado com o segundo trimestre, verificou-se um
aumento.
Contas feitas, foram entregues cerca de 1.100 imóveis para pagamento da dívida à banca no trimestre analisado, entre julho e setembro.
Segundo os dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a que a agência Lusa teve acesso esta segunda-feira, entre janeiro e setembro foram entregues 4.400 imóveis em dação em pagamento, tanto por famílias como por promotores imobiliários. Um quarto deste número foi então registado entre julho e setembro.
«A minha previsão para este ano é que sejam entregues entre 6.500 a 7.000 imóveis», ou seja, mais cerca de 2.000 do que os 4.400 registados até setembro, antecipa o presidente da APEMIP, Luís Lima, adiantando que «vai ser mais ou menos a mesma média do ano passado».
Uma estabilização dos valores que o responsável atribui sobretudo às medidas de facilitação de pagamento das dívidas, entretanto, adotadas pelos bancos.
Segundo Luís Lima, os números revelados no primeiro trimestre - que mostravam um aumento de 74% das dações de imóveis em pagamento das dívidas face ao mesmo período do ano anterior - serviu de alerta para o setor financeiro.
«Foi um aumento brutal» e a sua continuação «poderia levar a um número de casas [entregues aos bancos] completamente insustentável».
A análise da APEMIP mostra que no terceiro trimestre o fenómeno registou um aumento de 9,9% em relação aos três meses anteriores, mas os valores estão muito mais baixos do que no primeiro trimestre, quando foram entregues 2.300 casas.
Este aumento, diz a associação no mesmo documento, é o «corolário da continuidade de um ano extremamente difícil, com níveis de confiança no mercado combalidos e expectáveis perante o futuro desenvolvimento do setor imobiliário e do mercado, quer no âmbito nacional, quer global».
Entrega de casas por regiões
Entre janeiro e setembro, os distritos onde foram entregues mais imóveis em dação em pagamento foram os do Porto, de Lisboa e de Faro, representando em conjunto 40,5% do total.
Entre os 10 distritos onde o fenómeno é mais relevante encontram-se ainda os de Setúbal, de Santarém e de Coimbra, que representam 23,8% do total, e, por último, os de Aveiro, de Braga e os arquipélagos da Madeira e dos Açores, que somam 21,9% dos imóveis entregues até setembro.
A APEMIP adianta ainda que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentraram quase um terço (31,7%) do número de casas entregues entre janeiro e setembro, sendo que só no terceiro trimestre o valor foi de 22,7%.
Em termos de municípios, os mais penalizados são o Entroncamento, que regista uma média de 2,8%, graças a uma subida do número de casas entregues em setembro para 8,6%.
Entre as três autarquias onde houve mais entregas de imóveis em dação em pagamento contam-se ainda as de Vila Nova de Gaia, com 2,7%, e da Figueira da Foz, com 2,1%.
«A divulgação dos dados das dações do primeiro trimestre deste ano pela APEMIP, bem como a mediatização da sentença do tribunal de Portalegre [que determinou que a entrega da casa liquida na totalidade o empréstimo concedido], fizeram com que o setor financeiro passasse a olhar este fenómeno com outros olhos», afirma o presidente da associação na nota hoje divulgada.
Segundo Luís Lima, este conjunto de situações criou um «ambiente mais propício à renegociação dos créditos, para que a prática da entrega de imóveis não passasse a regra em vez de exceção».
Contas feitas, foram entregues cerca de 1.100 imóveis para pagamento da dívida à banca no trimestre analisado, entre julho e setembro.
Segundo os dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a que a agência Lusa teve acesso esta segunda-feira, entre janeiro e setembro foram entregues 4.400 imóveis em dação em pagamento, tanto por famílias como por promotores imobiliários. Um quarto deste número foi então registado entre julho e setembro.
«A minha previsão para este ano é que sejam entregues entre 6.500 a 7.000 imóveis», ou seja, mais cerca de 2.000 do que os 4.400 registados até setembro, antecipa o presidente da APEMIP, Luís Lima, adiantando que «vai ser mais ou menos a mesma média do ano passado».
Uma estabilização dos valores que o responsável atribui sobretudo às medidas de facilitação de pagamento das dívidas, entretanto, adotadas pelos bancos.
Segundo Luís Lima, os números revelados no primeiro trimestre - que mostravam um aumento de 74% das dações de imóveis em pagamento das dívidas face ao mesmo período do ano anterior - serviu de alerta para o setor financeiro.
«Foi um aumento brutal» e a sua continuação «poderia levar a um número de casas [entregues aos bancos] completamente insustentável».
A análise da APEMIP mostra que no terceiro trimestre o fenómeno registou um aumento de 9,9% em relação aos três meses anteriores, mas os valores estão muito mais baixos do que no primeiro trimestre, quando foram entregues 2.300 casas.
Este aumento, diz a associação no mesmo documento, é o «corolário da continuidade de um ano extremamente difícil, com níveis de confiança no mercado combalidos e expectáveis perante o futuro desenvolvimento do setor imobiliário e do mercado, quer no âmbito nacional, quer global».
Entrega de casas por regiões
Entre janeiro e setembro, os distritos onde foram entregues mais imóveis em dação em pagamento foram os do Porto, de Lisboa e de Faro, representando em conjunto 40,5% do total.
Entre os 10 distritos onde o fenómeno é mais relevante encontram-se ainda os de Setúbal, de Santarém e de Coimbra, que representam 23,8% do total, e, por último, os de Aveiro, de Braga e os arquipélagos da Madeira e dos Açores, que somam 21,9% dos imóveis entregues até setembro.
A APEMIP adianta ainda que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentraram quase um terço (31,7%) do número de casas entregues entre janeiro e setembro, sendo que só no terceiro trimestre o valor foi de 22,7%.
Em termos de municípios, os mais penalizados são o Entroncamento, que regista uma média de 2,8%, graças a uma subida do número de casas entregues em setembro para 8,6%.
Entre as três autarquias onde houve mais entregas de imóveis em dação em pagamento contam-se ainda as de Vila Nova de Gaia, com 2,7%, e da Figueira da Foz, com 2,1%.
«A divulgação dos dados das dações do primeiro trimestre deste ano pela APEMIP, bem como a mediatização da sentença do tribunal de Portalegre [que determinou que a entrega da casa liquida na totalidade o empréstimo concedido], fizeram com que o setor financeiro passasse a olhar este fenómeno com outros olhos», afirma o presidente da associação na nota hoje divulgada.
Segundo Luís Lima, este conjunto de situações criou um «ambiente mais propício à renegociação dos créditos, para que a prática da entrega de imóveis não passasse a regra em vez de exceção».
Fonte: www.agenciafinanceira.iol.pt
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