Todos apertam os cordões à bolsa, das viagens à alimentação. Mas há áreas onde muitas famílias apostam mais, de olho no futuro
Os hábitos da classe média nacional estão a mudar, uma alteração ditada
pela crise, que tem castigado os orçamentos de
muitas famílias e tornado muitas outras
mais precavidas, apesar de não sentirem no bolso ainda grande
austeridade.
O estudo do Observador Cetelem 2012, que analisa as classes médias na Europa, revela por exemplo que, no conjunto dos países analisados, Portugal apresenta o comportamento mais conservador no binómio despesa/poupança, ou seja, é o país onde as famílias mais pretendem desviar dinheiro do consumo para a poupança.
A maioria dos portugueses (55%) tem intenção de poupar mais este ano que em 2011. No que toca a despesas, só 24% admitem gastar mais.
A explicação oferecida pelo estudo é simples: a população portuguesa (a par com a espanhola) encontra-se «no centro da crise desde a primavera e o verão de 2011», tendo sido «particularmente afetada pela recessão económica desde 2008».
Gastar menos: em que produtos cortamos mais?
Quase 70% dizem que a sua situação piorou nos últimos 12 meses e tiveram de reduzir o seu estilo de vida. 58% tiveram de cortar nas despesas de vestuário, 55% no lazer e viagens e 44% em combustíveis e energia.
Mas até nos produtos mais básicos teve de haver cortes: 32% também tiveram de apertar os cordões à bolsa na hora de comprar alimentação. 15% cortaram na saúde e na habitação e 8% na educação.
Para o ano que vem, a maioria diz que só poderá melhorar de vida se cortar nas despesas (83%), porque não espera um aumento dos rendimentos.
«No Ocidente, a esperança de manter o nível de vida passa por uma redução das despesas. As classes médias não apostam muito num aumento dos seus rendimentos para contrariar a redução do seu poder de compra. Diminuir determinadas despesas tornou-se assim na resposta evidente para manter o nível de vida», explica o estudo, que analisa também as causas da deterioração do nível de vida e o que preocupa a classe média para o futuro.
No que toca a despesas planeadas para este ano, os portugueses recuam em muitas classes. 32% dos portugueses pretendem comprar eletrodomésticos este ano (face a 37% no ano passado), sendo esta a classe com maiores intenções de compra.
Já as viagens, que no ano passado estavam nos planos de 37% dos portugueses, este ano são prioridade apenas para 30%.
O mobiliário é a terceira classe onde mais portugueses pretendem gastar dinheiro: 28%.
A classe de produtos que mais parece perder clientes este ano em Portugal é a dos smartphones: só 17% têm planos de compra, quando no ano passado eram 27%.
Equipamentos de tv, hi-fi e video, bricolage e jardim e ainda os automóveis (12% em vez de 13), também perdem interessados. Pelo contrário, os trabalhos de remodelação/renovação, os equipamentos desportivos, os microcomputadores para casa, os imóveis (10% em vez de 9) e as motos/scooters, ganham adeptos.
Os (cada vez mais) pequenos luxos
20% dos portugueses admitem ir de fim-de-semana/férias em território nacional uma vez por ano, 12% vão duas vezes e 33% mais do que isso. Já para o estrangeiro, 12% vão mais do que uma vez por ano e 3% vão duas vezes. Para 1%, este é um prazer que só acontece uma vez por ano.
No que se refere à frequência de restaurantes, 43% vão comer fora pelo menos uma vez por mês. Já no que toca a saídas culturais (cinema, teatro, concertos, museus, etc.), 23% fazem-no pelo menos uma vez por mês.
Sonhos adiados
Nos últimos 12 meses, 80% dos portugueses adiaram/renunciaram a projetos (viagens, compra de casa, carro, eletrodomésticos e móveis, remodelações, etc.) por motivos orçamentais. Mas quase metade referem que o fizeram por precaução e só 28% referem mesmo incapacidade financeira.
Dos que desistiram por precaução, 36% dizem ter preferido usar o dinheiro para poupar, 21% esperaram para encontrar mais barato e 25% foram prudentes por causa da situação económica.
O estudo do Observador Cetelem 2012, que analisa as classes médias na Europa, revela por exemplo que, no conjunto dos países analisados, Portugal apresenta o comportamento mais conservador no binómio despesa/poupança, ou seja, é o país onde as famílias mais pretendem desviar dinheiro do consumo para a poupança.
A maioria dos portugueses (55%) tem intenção de poupar mais este ano que em 2011. No que toca a despesas, só 24% admitem gastar mais.
A explicação oferecida pelo estudo é simples: a população portuguesa (a par com a espanhola) encontra-se «no centro da crise desde a primavera e o verão de 2011», tendo sido «particularmente afetada pela recessão económica desde 2008».
Gastar menos: em que produtos cortamos mais?
Quase 70% dizem que a sua situação piorou nos últimos 12 meses e tiveram de reduzir o seu estilo de vida. 58% tiveram de cortar nas despesas de vestuário, 55% no lazer e viagens e 44% em combustíveis e energia.
Mas até nos produtos mais básicos teve de haver cortes: 32% também tiveram de apertar os cordões à bolsa na hora de comprar alimentação. 15% cortaram na saúde e na habitação e 8% na educação.
Para o ano que vem, a maioria diz que só poderá melhorar de vida se cortar nas despesas (83%), porque não espera um aumento dos rendimentos.
«No Ocidente, a esperança de manter o nível de vida passa por uma redução das despesas. As classes médias não apostam muito num aumento dos seus rendimentos para contrariar a redução do seu poder de compra. Diminuir determinadas despesas tornou-se assim na resposta evidente para manter o nível de vida», explica o estudo, que analisa também as causas da deterioração do nível de vida e o que preocupa a classe média para o futuro.
No que toca a despesas planeadas para este ano, os portugueses recuam em muitas classes. 32% dos portugueses pretendem comprar eletrodomésticos este ano (face a 37% no ano passado), sendo esta a classe com maiores intenções de compra.
Já as viagens, que no ano passado estavam nos planos de 37% dos portugueses, este ano são prioridade apenas para 30%.
O mobiliário é a terceira classe onde mais portugueses pretendem gastar dinheiro: 28%.
A classe de produtos que mais parece perder clientes este ano em Portugal é a dos smartphones: só 17% têm planos de compra, quando no ano passado eram 27%.
Equipamentos de tv, hi-fi e video, bricolage e jardim e ainda os automóveis (12% em vez de 13), também perdem interessados. Pelo contrário, os trabalhos de remodelação/renovação, os equipamentos desportivos, os microcomputadores para casa, os imóveis (10% em vez de 9) e as motos/scooters, ganham adeptos.
Os (cada vez mais) pequenos luxos
20% dos portugueses admitem ir de fim-de-semana/férias em território nacional uma vez por ano, 12% vão duas vezes e 33% mais do que isso. Já para o estrangeiro, 12% vão mais do que uma vez por ano e 3% vão duas vezes. Para 1%, este é um prazer que só acontece uma vez por ano.
No que se refere à frequência de restaurantes, 43% vão comer fora pelo menos uma vez por mês. Já no que toca a saídas culturais (cinema, teatro, concertos, museus, etc.), 23% fazem-no pelo menos uma vez por mês.
Sonhos adiados
Nos últimos 12 meses, 80% dos portugueses adiaram/renunciaram a projetos (viagens, compra de casa, carro, eletrodomésticos e móveis, remodelações, etc.) por motivos orçamentais. Mas quase metade referem que o fizeram por precaução e só 28% referem mesmo incapacidade financeira.
Dos que desistiram por precaução, 36% dizem ter preferido usar o dinheiro para poupar, 21% esperaram para encontrar mais barato e 25% foram prudentes por causa da situação económica.
Fonte: www.agenciafinanceira.iol.pt
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