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29 de outubro de 2012

O plano mensal de gastos


O plano mensal de gastos é o melhor instrumento que as famílias têm para gerir o seu dinheiro. De forma fácil e rápida, controlam as despesas, planeiam poupanças e encontram formas de aumentar rendimentos, se for caso disso. Além disso, permite ter sempre consciência de quanto recebe e gasta por mês. O saldo deve ser sempre positivo. "Deve viver-se com e de acordo com o que se tem", diz Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, Deco . O mês das férias é um mês de exceção. Os gastos com o lazer aumentam e nem sempre consegue controlar o dinheiro que sai da sua carteira. "É importante que as famílias estabeleçam um montante para gastar durante as férias e não o ultrapassem", diz Susana Albuquerque, secretária-geral da ASFAC-Associação de Instituições de Crédito Especializado .
Se é um dos portugueses que só se aperceberam da razia que levou a conta bancária quando regressaram a casa, então é fundamental que retome o seu plano de gastos. Até porque depois do regresso das férias, há o regresso às aulas, com despesas extra. "Se nas férias gastar muito além do que tinha previsto, há que tomar medidas para regularizar o orçamento familiar", diz Natália Nunes. Primeiro, deve definir as suas necessidades. Estabeleça uma lista de prioridades de consumo e planeie as suas despesas. Evite desperdícios e gastos supérfluos, arrecadando esse valor para um fundo de emergência. Se o valor gasto com o cartão de crédito foi muito além do que tinha previsto, contacte a financeira e altere a modalidade de pagamento ou o produto. Fundamental é restringir o recurso ao crédito.

Saiba com se organizar


Seja qual for a altura do ano, é sempre importante elaborar um plano de gastos mensal. Assim, pode sistematizar e dividir os recursos por categorias de despesas e poupanças, convidando toda a família a participar na sua elaboração. "O orçamento permite saber, com rigor, a quantia disponível para determinado momento, funcionando como um instrumento de autoeducação", comenta Sandra Lopes, do Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores (GOEC) . Quando elaborar o seu plano orçamental, pegue numa folha em branco e divida-a em duas partes: receitas e despesas. Na primeira, inclua todas as entradas de dinheiro, como o ordenado, subsídios, juros de contas bancárias, rendas ou outros tipos de apoio.
Nas despesas, indique as saídas de dinheiro para os gastos fixos, como a prestação da casa, fatura da água, eletricidade, gás, passes, entre outros. Depois, junte os gastos correntes, como refeições ou cafés, e os ocasionais, como um jogo ou um livro novo. Faça uma estimativa total das despesas semestrais e anuais, como o seguro do carro, e uma divisão pelos vários meses do ano. Por último, não descure a poupança. Esta deve ser encarada como um objetivo mensal. "O objetivo é que a pessoa vá poupando para pagar uma despesa avultada sem que isso lhe cause qualquer tipo de transtorno financeiro no mês em que ocorre", explica Susana Albuquerque. Além do plano mensal, a secretária-geral da ASFAC sugere que, no início do ano, se faça também um plano de gastos anual. Desta forma, pode delinear o seu ano de acordo com os objetivos financeiros. "Por exemplo, se a família pretende fazer uma grande viagem, provavelmente não pode investir num automóvel novo", acrescenta.

Poupe dinheiro e tempo

É importante que estabeleça o hábito de poupar e aumente o valor sempre que possível. Se poupar €1 por dia, no final do ano, acumulou €365. Idealmente, a poupança deve representar uma proporção não inferior a 10% dos rendimentos.
Assim, se mensalmente o seu agregado tiver rendimentos de €2500, deve tentar poupar, no mínimo, €250 por mês. Existem várias formas de economizar. O dinheiro gasto com o telemóvel é um dos cortes que pode fazer, basta que escolha o tarifário adequado ao seu perfil. Segundo a
Deco , um plano pré-pago pode ser adequado para a maioria dos utilizadores, porque permite maior controlo sobre os gastos. Além dos gastos com telecomunicações, analise também os gastos com seguros, "já que em muitos casos há coberturas e serviços em duplicado", diz Susana Albuquerque.


por Ana Pimentel in expresso.pt

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