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30 de outubro de 2012

Estradas: «Renegociação beneficia contribuintes»



O presidente da Estradas de Portugal (EP) defendeu ainda na segunda-feira, no parlamento, que a empresa pública tem «competência histórica de assegurar a manutenção e conservação de estradas», realçando que a transferência da responsabilidade vai beneficiar os contribuintes.

«A EP tem a competência histórica, de 80 anos, a assegurar a manutenção e conservação de estradas e está a conseguir provar que tem também capacidade para conservar autoestradas, com a experiência na Grande Lisboa», disse António Ramalho, no dia em que esteve na Comissão Parlamentar de Economia e de Obras Públicas, onde admitiu que é acionista de empresas com quem está a negociar a revisão dos contratos em representação do Estado, prometendo vender as ações esta terça-feira, a que preço for.

Em declarações aos jornalistas, no final da comissão, o presidente da EP explicou que a renegociação das seis subconcessões rodoviárias prevê a transferência da manutenção de 750 quilómetros de estradas para a empresa pública, com «benefício para o contribuinte português».

Com esta operação, o Estado poupa 280 milhões de euros e gasta cerca de dois milhões de euros por ano, de acordo com as contas apresentadas pelo gestor aos deputados.

«Na manutenção, o mais barato é fazer outsourcing por três anos, como estamos a fazer, a menos de 4.000 euros por quilómetro, em média, o que permite que os 750 quilómetros representem um custo de cerca de dois milhões», explicou, citado pela Lusa.

António Ramalho adiantou que, entre os troços de estradas transferidos para a responsabilidade pública, estão 34 quilómetros com perfil de autoestrada, o que, realçou, também não é um problema para a EP, uma vez que tem «tido uma boa experiência a fazer manutenção na zona de Lisboa».

«As pessoas não sabem, mas o eixo norte/sul e o IC 19 é assegurado por nós. Somos responsáveis pela manutenção de alguns perfis de autoestrada», acrescentou o antigo presidente da CP - Comboios de Portugal - e antigo administrador do BCP.

A empresa, liderada por António Ramalho desde abril, foi mandatada pelo Governo para renegociar as subconcessões rodoviárias e já fechou acordo para o Baixo Alentejo, Pinhal Interior, Autoestrada Transmontana, Litoral Oeste, Baixo Tejo e o Algarve Litoral, que se traduzirá numa poupança anual de 100 milhões de euros, nos primeiros anos, e de 80 milhões de euros mais tarde.

Aos jornalistas, António Ramalho sintetizou que a renegociação vai permitir alcançar uma poupança nas referidas subconcessões rodoviárias, através da redução de custos de investimento e a poupança na manutenção, com a transferência destes custos das empresas para a EP.

«Só se pode estimar os valores, dado que tudo depende das negociações até ao final de novembro, mas prevemos alcançar 2.600 milhões de euros que terá o efeito negativo das portagens em 500 milhões. Por isso, estamos a falar de cerca de 2.100 milhões de euros [de poupança em 30 anos]».

O gestor destacou ainda que o trabalho da EP se iniciou com a «redução do objeto», mas tem pela frente a negociação da TIR (Taxa Interna de Rendibilidade) para os acionistas, o desenvolvimento dos ganhos
operacionais e o próprio modelo.


Fonte: www.agenciafinanceira.iol.pt

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