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28 de outubro de 2012

Rendimento líquido dos Certificados de Aforro é 2,5% Data da publicação: 20set2012

 

Os Certificados de Aforro levam alguma maquilhagem para atrair subscritores: a remuneração é incrementada até 2017. Mesmo assim, não invista.

Poucos estavam interessado nas baixas taxas de juro que os Certificados de Aforro ofereciam, por isso o Governo tomou uma medida radical: para todos os detentores de títulos emitidos desde julho de 1986, as taxas de juro aumentaram, embora permaneçam indexadas às Euribor. Em setembro, o rendimento anual líquido subiu para 2,5 por cento.
Desde 2008, quando se cancelou a série B, se alterou a fórmula de cálculo do seu rendimento e se lançou a vigente série C, que o interesse da população portuguesa nos Certificados de Aforro é reduzido. Passaram-se 4 anos negros, em que os resgates superaram largamente as novas subscrições, conduzindo os cofres do Estado a uma dieta forçada. Com a revisão da taxa de juro dos Certificados de Aforro (anunciada em simultâneo com a suspensão das subscrições dos Certificados do Tesouro), o Governo espera atrair os aforradores.
Porém, a taxa anual líquida de 2,5% pode ser insuficiente para afastar os investidores dos depósitos a prazo, que continuam a ganhar paulatinamente mais adeptos. Embora esta revisão de taxas coloque os Certificados de Aforro ao nível dos melhores depósitos a prazo da banca nacional, ainda há muitos que rendem mais. Por exemplo, o PrivatBank proporciona uma taxa anual líquida de 4,1% a 12 meses para montantes a partir de 500 euros.
Aliás, a nova taxa de juro líquida do instrumento de dívida pública não chega para cobrir a inflação esperada para 2012. O Banco de Portugal estima que os preços aumentem, em média, 2,6% neste ano.
Mesmo com a subida do rendimento, não aconselhamos Certificados de Aforro. Se não pode prescindir da liquidez, então opte pelos melhores depósitos a prazo.
Se tiver a certeza de que não necessita do capital, procure aplicações mais rentáveis e, assim, garanta uma remuneração superior por um prazo mais longo. Nesse caso, as Obrigações do Tesouro (OT) podem ser uma opção, mas só para montantes superiores a 2500 euros e se tiver a certeza de que manterá o título até à maturidade. Conheça o protocolo que negociámos com a sociedade gestora Optimize, que permite um investimento neste segmento de forma barata e simplificada.


Novas regras só até 2016

A decisão do Governo não deixa de ser uma ação de cosmética, porque o aumento da taxa de juro tem um prazo de validade: a partir de janeiro de 2017, as regras de cálculo voltam a ser as praticadas até ao final de agosto passado. As condições excecionais de rendimento também estabelecem um limite máximo de remuneração de 5% até dezembro de 2016.
Embora na prática a série B e a série C paguem uma taxa anual líquida de 2,5% neste mês de setembro, as fórmulas de cálculo são diferentes. Como todos os detentores de Certificados de Aforro da série B já estão a ganhar o prémio de permanência máximo de 2%, o Governo optou por adicionar 1% à taxa-base nesta revisão temporária de rendimentos.
Para a série C, atualmente em subscrição, as mudanças foram maiores. Por um lado, todos os prémios de permanência, que podiam atingir até 2,5% no 10.º ano, foram suspensos. Por outro, à taxa-base foi acrescido um prémio único de 2,75%, o qual manter-se-á em vigor até 31 de dezembro de 2016. Assim, as subscrições que ocorram durante este mês passam a render  uma taxa anual nominal líquida de 2,5%, bastante mais do que os 0,39% que renderiam nas condições antes da cosmética.
As restantes regras dos Certificados de Aforro mantêm-se. Bastam 100 euros para investir nestes títulos, que se adquirem nas estações dos CTT com serviços financeiros.  Têm uma maturidade de 10 anos, embora a mobilização seja permitida após o primeiro trimestre. Os juros ganhos são adicionados trimestralmente ao montante investido.



Fonte: Proteste Investe

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