MENSAGENS RECENTES DO BLOG

29 de outubro de 2012

TDT: perguntas frequentes


A rede de televisão digital terrestre (TDT) já cobre cerca de 90% da população nacional. Os televisores sem sintonizador compatível para o sinal digital requerem uma caixa descodificadora


A substituição da televisão "tradicional" pela TDT suscita dúvidas sobre a cobertura, a compatibilidade dos modelos e o equipamento. Se não encontrar a resposta aqui, envie-nos a sua questão para tdt@deco.proteste.pt ou contacte os nossos serviços.
Deixei de ver televisão. O que fazer?
Envie as suas dúvidas para tdt@deco.proteste.pt ou pelo 808 780 050 (custo de chamada local) ou 218 410 890, se ligar de telemóvel.
Na faixa litoral do território nacional, a cessação das emissões analógicas hertzianas (captadas por antena VHF e UHF) de televisão, iniciou-se a 12 de janeiro de 2012 em 5 etapas até 23 de fevereiro de 2012.
Nessas regiões, os canais de acesso livre (RTP1, RTP2, SIC e TVI) continuam a poder ser captados por antena (basta a UHF), mas o sinal está agora em formato digital (DVB-T MPEG4). Seguiram-se os cortes de emissões analógicas de televisão nas regiões autónomas dos Açores e Madeira e no restante território nacional.
A transição para a televisão digital terrestre em nada obriga a subscrever um serviço de televisão junto de qualquer operador. O sinal continua a ser rececionado de forma gratuita para os 4 canais atualmente disponíveis desta forma (RTP1, RTP2, SIC, TVI). A televisão digital terrestre mais não é do que a digitalização do sinal analógico emitido por via hertziana (rececionado pelas "tradicionais antenas no telhado"). 
Veja como instalar uma caixa descodificadora.
Para se adaptar, comece por verificar se a sua área de residência tem cobertura de sinal TDT, ou se está num local onde o acesso apenas poderá ser feito através de meios complementares (receção via satélite). Para verificar, aceda ao fórum TDT, no separador “Cobertura”, ou contacte a Portugal Telecom, entidade que está a implementar a TDT, pelo 800 200 838.
Se tiver cobertura terrestre, verifique se os seus televisores têm o sintonizador necessário (DVB-T MPEG4). Tal nunca é o caso dos televisores convencionais (CRT, com cinescópio) e apenas é comum em LCD ou plasmas adquiridos normalmente a partir de 2009.
Para todos os televisores que não estão preparados, tem de usar uma caixa descodificadora TDT. Nalguns casos, será ainda necessário fazer uma reorientação das antenas UHF, visto que os emissores que melhor servem determinadas localidades nem sempre se vão manter os mesmos.
Existem apoios financeiros previstos para grupos populacionais com maiores carências no caso do acesso TDT e em todas as situações onde o acesso terá de ser feito por satélite (DTH). Este apoio está restrito a um único televisor por residência. Para quem comprou um kit DTH, com data de fatura posterior a 7 de outubro de 2011 e anterior a 6 de janeiro de 2012, deve a Portugal Telecom, por sua iniciativa, proceder ao reembolso da diferença entre a comparticipação definida anteriormente (22 euros) e a atual (37 euros), ou seja, 15 euros, pelo modo de reembolso já utilizado.
Apenas os utilizadores que se enquadrem numa das seguintes condições pode usufruir de uma ajuda económica para aquisição de uma caixa descodificadora:
- Família beneficiária do Rendimento Social de Inserção
- Grau de deficiência igual ou superior a 60%
- Reformas ou pensões inferiores a € 500/mês
Para estes grupos a subsidiação prevista, é de 50% do valor de aquisição de uma caixa descodificadora (uma por morada), com um limite de re-embolso de 22 euros. Consulte as condições de elegibilidade e respetivas comparticipações em http://tdt.telecom.pt/custos/Default.aspx?code=XzX651 e http://tdt.telecom.pt/custos/Default.aspx?code=XzX652
A PT cobrou-lhe alguma quantia para verificar a cobertura?
Se tem uma reclamação, envie as suas dúvidas para tdt@deco.proteste.pt ou pelo 808 780 050 (custo de chamada local) ou 218 410 890, se ligar de telemóvel.
Caso resida numa zona onde a Portugal Telecom não tenha conseguido clarificar se a cobertura TDT está assegurada (as chamadas zonas de cobertura parcial), a eventual deslocação de um técnico da PT, para verificar no terreno se tem reunidas as condições para uma receção estável de sinal, deverá ser livre de encargos. Afinal, é da responsabilidade da PT a implementação da rede e, por consequência, estipular quais as zonas com e sem cobertura terrestre. Nunca deverá ser o consumidor a pagar por essa mesma verificação.
A ANACOM, entidade reguladora emitiu uma deliberação nesse sentido: especifica que a Portugal Telecom não pode inverter o ónus e é a responsável por assegurar uma informação clara aos utilizadores, sem qualquer encargo para estes, quanto ao tipo de cobertura (TDT ou TDT complementar). A mesma deliberação estipula que, se não for possível disponibilizar imediata e inequivocamente esta informação, a mesma deve ser fornecida ao requerente num prazo de 7 dias, para 95% dos casos através do meio indicado pelo requerente (telefone, correio eletrónico ou postal).

Cobertura

Quando será feito o corte do sinal analógico de televisão (switch-off)?
O corte definitivo irá ocorrer em 2012 de forma faseada:
  • 12 de janeiro a 23 de fevereiro: faixa litoral do território continental;
  • 22 de março: regiões autónomas dos Açores e Madeira;
  • 26 de abril: restante território nacional. Nesta altura, o sinal analógico estará indisponível para a totalidade da população.
De 12 de janeiro a 23 de fevereiro, há 5 etapas de apagão analógico:
  • 12 de janeiro: Palmela, Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra;
  • 23 de janeiro: Fóia – Monchique, Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves;
  • 1 de fevereiro: Lisboa-Monsanto, Areeiro, Barcarena, Caparica, Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral de Monte Agraço, Coruche e Cabeção;
  • 13 de fevereiro: Reguengo do Fetal, Vale de Santarém, Sobral da Lagoa, Mira de Aire, Candeeiros, Alcaria, Tomar, Ourém, Caranguejeira, Leiria, Alvaiázere, Avelar, Pombal, Castanheira de Pera, Espinhal, Senhora do Circo, Padrão, Ceira dos Vales, Vale de Açôr, Vila Nova de Ceira, Ceira, Coimbra, Caneiro, Cidreira, Lorvão, Penacova, Mortágua, Avô e Benfeita;
  • 23 de fevereiro: São Macário, Préstimo, Viseu, Cedrim, Vouzela, Vale de Cambra, Covas do Monte, Santa Maria da Feira, Arouca, Rio Arda, Lalim, Vila Nova de Gaia, Foz, Valongo, Santo Tirso, Caldas de Vizela, Caldas de Vizela II, Amarante, Gondar, São Domingos, Ancede, Caldas de Aregos, Resende, Lamego e Santa Marta de Penaguião.
Com o objetivo de sensibilizar a população e identificar problemas, o processo teve início com a cessação das emissões em zonas-piloto no primeiro e segundo trimestres de 2011:
  • 12 de maio: retransmissor de Alenquer;
  • 16 de junho: retransmissor de Cacém;
  • 13 de outubro: retransmissor da Nazaré.
Qual o tipo de cobertura na minha zona?
Caso tenha um serviço de televisão (por cabo, fibra ótica ou ADSL, por exemplo), não precisa de fazer qualquer adaptação. Quem acede ao sinal analógico de televisão livre (RTP, SIC e TVI) deve, primeiro, verificar a cobertura de sinal junto da Portugal Telecom, que está a implementar a infraestrutura e tem de prestar esclarecimentos. É importante determinar se o sinal digital de televisão está disponível na sua área de residência por via terrestre (pode continuar a usar a antena UHF) ou apenas através de meios complementares (satélite).
Contacte a PT através da linha de apoio 800 200 838. Pode ainda verificar a cobertura na página do fórum TDT, introduzindo a sua morada completa. Não deve comprar qualquer aparelho sem conhecer a sua cobertura de sinal, para evitar despesas que se podem revelar inúteis. A taxa de cobertura anunciada, por via terrestre, é de cerca de 90% da população. Nas zonas correspondentes aos restantes 10%, só pode aceder às emissões digitais por satélite. Segundo a licença atribuída à Portugal Telecom (PT), o acesso por satélite não deve ter um custo maior do que a receção terrestre, com antena UHF. Assim, no primeiro caso, há uma comparticipação para o acesso às emissões digitais em condições definidas. Na nossa opinião, estas não asseguram a equidade no acesso: só a primeira caixa descodificadora é comparticipada e, em média, existem mais de dois televisores por lar.              
A minha zona não tem cobertura terrestre. Que fazer?
Se já confirmou a cobertura com a Portugal Telecom (pelo 800 200 838 ou no fórum TDT) que só pode aceder ao sinal digital através de meios complementares (por satélite), os passos para adaptação são diferentes do acesso por via terrestre (antena UHF).
Há um apoio para os acessos por satélite que inclui apenas um equipamento recetor para um televisor. Não contempla o prato do recetor satélite. O descodificador de satélite custa € 77 e € 47 são devolvidos posteriormente. O primeiro equipamento adicional fica ao mesmo preço. Já outros equipamentos adicionais que tenham de ser adquiridos custam 96 euros. São preços fixos, pois só será possível usar um kit satélite da PT. 
Terá de ligar um recetor por cada televisor que tenha em casa. No caso do acesso via satélite, ao contrário do que se verifica no acesso terrestre, mesmo os televisores mais recentes não dispensam uma caixa descodificadora. Em todos os casos, será necessário usar a caixa descodificadora DTH comercializada pela PT, pois o sinal está encriptado.
A TDT vai cobrir todo o País? Ou alguns locais terão de aceder ao sinal por satélite?
Segundo a licença atribuída à PT, uma parcela até 13% da população não será abrangida cobertura terrestre (captação por antena) do sinal TDT. Terão de aceder via satélite. Há um apoio para esses casos que inclui apenas um equipamento recetor para um televisor. Não contempla o prato do recetor satélite. O descodificador de satélite custa € 77 e € 47 são devolvidos posteriormente. O primeiro equipamento adicional fica ao mesmo preço. Já outros equipamentos adicionais que tenham de ser adquiridos custam 96 euros. Trata-se de preços fixos, pois só será possível usar um kit satélite da PT. Consulte as condições de elegibilidade e respetivas comparticipações em http://tdt.telecom.pt/custos/Default.aspx?code=XzX651 e http://tdt.telecom.pt/custos/Default.aspx?code=XzX652.
Desde 24 de março, através do contacto com a Portugal Telecom, pode encomendar o kit de satélite. A empresa tem 5 dias úteis para verificar se tem direito à comparticipação e disponibilizar o equipamento. Se preencher todos os requisitos, pagará  € 30, o valor não comparticipado (para os dois primeiros equipamentos), quando levantar o kit, em vez de ficar à espera do reembolso. 
As emissões por satélite vão desaparecer em 2012?
Não, o apagão do sinal analógico vai afetar apenas as emissões analógicas terrestres que incluem os 4 canais generalistas e captadas por antena.
Há apoios para comprar descodificador?
Se não for subscritor de um serviço de televisão pago, pode beneficiar de comparticipação se fizer parte de um dos grupos:
  • beneficiários do Rendimento Social de Inserção;
  • reformados ou pensionistas com rendimento inferior a € 500 mensais;
  • pessoas com um grau de deficiência comprovado igual ou superior a 60%;
  • instituições de comprovada valia social.
Os beneficiários podem requerer a comparticipação até 31 de dezembro de 2012. O valor a comparticipar está limitado a 50% do custo da caixa descodificadora, nunca superior a 22 euros. Não será comparticipada mais do que uma caixa por habitação ou agregado familiar. Mas pode acumular o apoio para o acesso via satélite com esta comparticipação para famílias mais carenciadas. A informação detalhada sobre o processo e documentação necessária encontram-se nas lojas da Portugal Telecom ou no seu portal online. 
Se pertence a algum dos grupos abrangidos pela comparticipação e comprou uma caixa descodificadora, só serão aceites para reembolso os pedidos com data de fatura emitida 60 dias antes, no máximo.
E para a instalação, também há apoio?
No dia 24 de março, o ICP-ANACOM criou um novo subsídio para a instalação de acessos terrestres ou via satélite, no valor de 61 euros. Este subsídio destina-se a famílias cujo requerente tenha 65 ou mais anos, que não possuam televisão por subscrição, necessitem de intervenção técnica na sua instalação e se encontrem em situação de isolamento social. Além disso, o requerente deve também inserir-se numa das quatro condições indicadas na questão "Há apoios para comprar descodificador?". Cabe à Segurança Social atestar se está abrangido nestas condições. Para mais informações, contacte a Portugal Telecom.
O que pode provocar uma receção deficiente?
Com um televisor já preparado para a TDT e a cobertura de sinal confirmada, vários fatores podem originar uma receção deficiente. A utilização de uma antena interior embora funcione nos locais com bom sinal fica aquém de uma exterior. As interiores são mais afetadas por interferências de aparelhos, como telemóveis: ao receber uma chamada na mesma divisão onde a antena está instalada, pode haver quebra total da transmissão e, nalguns casos, terá mesmo de reiniciar a caixa descodificadora.
Se a cobertura interior de sinal não estiver prevista de uma forma generalizada, pode inviabilizar a receção na morada em causa. Para informações sobre a cobertura disponível na residência em questão deve contactar a Portugal Telecom, empresa que está a implementar toda a infraestrutura relativa à TDT, esclarecendo acerca da sua qualidade. Pode contactar a PT pela linha de apoio 800 200 838. Normalmente, se a PT alega cobertura numa dada área geográfica, é da sua responsabilidade que essa área possua um nível de sinal suficiente para garantir receção de sinal TDT, bem como se está prevista a cobertura interior portátil (através de antena interior).
O problema de receção pode ainda advir do facto de diversos emissores analógicos e digitais não estarem co-localizados, obrigando a uma reorientação de antena. Além disso, existem problemas derivados de instalações mais degradadas, nomeadamente antenas UHF e respetiva cablagem de ligação.

Tecnologia

O que é a televisão digital terrestre?
A TDT é a digitalização das emissões hertzianas de televisão, captadas por antenas e que incluem os canais de acesso livre (RTP 1 e 2, SIC, TVI e RTP Madeira e Açores). Trata-se de um sistema de transmissão via hertziana, onde o sinal se propaga através do ar por intermédio de estações emissoras e retransmissoras e é captado pelas antenas dos utilizadores finais.    
Quais as vantagens da mudança?
Esta tecnologia permite libertar muito espectro radioelétrico. O espectro livre servirá novas aplicações de serviços móveis e canais de televisão pagos, por exemplo. As emissões analógicas não podem ser mantidas por muito mais tempo: ocupam demasiado espectro radioelétrico. Por isso, a Comissão Europeia determinou que a televisão digital fosse introduzida em todos os países da União, com o fim da transmissão analógica para 2012. Na largura de banda ocupada por um canal analógico cabem 4 canais digitais.
O que traz de novo?
O sinal digital abre as portas à transmissão em alta definição e novas funcionalidades, como o guia eletrónico de programas (EPG). Até ao momento, as emissões estão a ser feitas em resolução standard, mas com melhor qualidade do que no atual sistema analógico (desde que em condições de receção ótimas). Está aberta a possibilidade de licenciamento de um quinto canal de televisão, bem como a existência de um canal de alta definição partilhado pelos operadores.
Qual a utilidade do EPG?
O EPG (Electronic Program Guide ou, em português, guia eletrónico de programas) permite aceder a uma grelha dinâmica de programação. As possibilidades dependem do descodificador, por vezes, integrado no televisor:
  • pesquisar por ordem cronológica;
  • consultar a sinopse, elenco e categoria, entre outras informações;
  • controlo parental, para impedir a visualização de certos programas;
  • agendar gravações diretamente (possível com alguns gravadores).
Os 4 canais generalistas vão continuar de acesso livre?
Sim, como atualmente, e não precisa de subscrever um serviço de televisão (cabo, fibra ótica, IPTV ou satélite). A licença atribuída à PT assim o determina. Se o seu televisor não tiver sintonizador DVB-T MPEG4, terá de comprar uma caixa descodificadora.
A qualidade de imagem é superior?
Melhora com a televisão digital terrestre por ser menos suscetível ao ruído e oferecer uma imagem mais nítida. Espera-se que a receção em formato digital seja mais estável (sem chuva) nos locais onde a intensidade do sinal analógico é mais fraca. Mas, nesses locais, evite usar antenas interiores, muito vulneráveis a interferências de telemóveis, por exemplo. Ao fazer uma chamada, pode perder o sinal e ter de reiniciar o descodificador.
Com as emissões analógicas, existem zonas com sinal fraco. Com a TDT será igual?
Depende da implementação das infraestruturas pela PT. O sinal digital permite uma melhor taxa de distribuição. É de esperar que algumas zonas onde o sinal analógico era fraco possam beneficiar de um acréscimo de qualidade significativo. Os problemas que afetam o sinal digital são diferentes. Enquanto um sinal analógico fraco provoca ruído ou “chuva” na imagem, o digital será afetado de pixelização ou perdas de reprodução. Se o sinal não tiver intensidade suficiente, arrisca não ter imagem.
Existem amplificadores de sinal para utilizar nos locais onde é mais fraco?
Há amplificadores de sinal para a TDT. Mas a qualidade do sinal digital é definida pela sua intensidade e qualidade. A primeira pode ser aumentada com um amplificador, como os que equipam uma antena interior amplificada. Mas se o sinal tiver pouca qualidade, afetado por interferências, o amplificador vai ampliá-las e complicar a receção.
A TDT é a primeira plataforma em Portugal a usar sinal digital?
Não. O sinal de televisão digital e, nalguns casos, de alta definição, está disponível em Portugal há algum tempo pelo cabo, IPTV, fibra ótica e satélite. O cabo conquistou a maior implementação.

Equipamento

TDT: de que equipamentos preciso?
Depende do tipo de cobertura (terrestre ou por satélite) na sua área de residência. Antes de mais, verifique se pode aceder ao sinal digital por via terrestre (através das atuais antenas UHF) ou apenas através de meios complementares (satélite). Contacte a Portugal Telecom, pelo 800 200 838 ou introduza a sua morada completa na página fórum TDT.

Se acede via terrestre, na generalidade dos casos, pode manter as atuais antenas UHF, usadas com o sinal analógico para a receção da RTP, SIC e TVI, desde que não estejam degradadas. Deve ainda determinar se os seus atuais televisores estão já preparados para a receção direta das emissões TDT ou se necessitam de ser adaptados com uma caixa descodificadora. Se tem um televisor LCD ou Plasma, verifique se é compatível com o sinal TDT. Nenhum televisor convencional inclui o descodificador necessário.
Com um televisor preparado e uma antena UHF em boas condições, não necessita de equipamento adicional. Nalguns casos, pode ser preciso reorientar a antena, pois nem sempre a localização dos emissores que melhor servem uma localidade com o sinal analógico vão coincidir com os digitais. Depois, basta sintonizar os canais digitais no seu televisor.
              
No caso dos televisores sem sintonizador para a TDT, terá de comprar uma caixa descodificadora para cada televisor. Para televisores mais antigos, sem ligações SCART ou HDMI, existem descodificadores que enviam o sinal descodificado através de uma saída RF, a mesma que é utilizada para ligar a antena ao televisor. Também pode instalar um modulador de sinal (a partir de € 20 em lojas de eletrónica) entre o descodificador e o televisor. Este aparelho permite converter uma ficha SCART numa ficha RF, ou de antena, e ligá-la a televisores muito antigos.

O meu televisor é compatível?
Sim, se tiver sintonizador digital, do tipo DVB-T, e capacidade de descodificar sinais em MPEG4/H.264. Aplica-se sobretudo a televisores muito recentes. Se comprou antes de 2009, o TV pode não ter o sintonizador necessário. Nesse caso, terá de comprar uma caixa descodificadora em separado.

Nos nossos testes a televisores, recomendamos os modelos recentes compatíveis com a televisão digital terrestre. Se tem um serviço de televisão pago, não precisa de ter um televisor compatível.
Como identificar um televisor compatível?
Os logótipos HDTV ou HDTV1080p indicam que está preparado para as emissões digitais. Para tal, deve incluir um sintonizador digital do tipo DVB-T e capacidade de descodificação de sinais MPEG4, entre outros. Ostentar DVB-T não é suficiente, já que pode significar que apenas converte sinais em MPEG2 (usados noutros países europeus, mas não em Portugal).

Tenho de comprar um televisor novo?
Não. Para cada aparelho em casa sem sintonizador para descodificar sinais em MPEG4, precisa de uma caixa descodificadora compatível com a norma DVB-T e MPEG4/H.264.

Para televisores mais antigos sem ligações SCART ou HDMI, existem descodificadores que enviam o sinal descodificado através de uma saída RF, a mesma que é utilizada para ligar a antena ao televisor. Também pode instalar um modulador de sinal (a partir de € 20 em lojas de eletrónica) entre o descodificador e o televisor. Este aparelho permite converter uma ficha SCART numa ficha RF, ou de antena, e ligá-la a televisores muito antigos.
Quanto custa uma caixa descodificadora?
Um recetor simples sem disco rígido para gravar programas custa menos de 30 euros. Encontra variações de preços significativas, consoante o modelo. É possível encontrar recetores com custo mais reduzido, que não permitem a visualização de conteúdos em alta definição, pois só têm ficha SCART. São viáveis para quem tem um televisor CRT: mesmo com um recetor com saída HD nunca vai visualizar conteúdos com resolução superior à PAL. Também há descodificadores que apenas funcionam com televisores LCD ou plasma, só com ficha HDMI. São menos volumosos e ligeiramente mais baratos.

Se comprar uma caixa descodificadora em Espanha ou outro país europeu, posso utilizá-la em Portugal?
Pode, desde que o descodificador seja do tipo DVB-T MPEG4. Em Espanha, a maioria dos que estão à venda não descodificam esse tipo de sinal. O sistema aí utilizado é o DVB-T MPEG2.

As caixas descodificadoras têm de ser instaladas por um técnico?
A instalação é simples: basta ligar o cabo de antena à entrada da caixa e depois ligar a caixa ao televisor por cabo SCART, se for um modelo convencional, ou via cabo HDMI, nos LCD e plasma. Mais complicada é a orientação correta da antena e sintonia dos canais. Na maioria dos casos, não será necessário reorientar a antena.

Tenho de comprar um descodificador por cada televisor?
Sim. Apenas no sinal analógico pode fazer a derivação do sinal para vários aparelhos. 

Posso continuar a usar o meu gravador de DVD ou videogravador?
Sim, desde que estejam ligados a uma ficha SCART (saída) da caixa descodificadora. Esta deve ter 2 fichas SCART: uma para ligar ao televisor e a segunda para os aparelhos gravadores.

O meu televisor tem sintonizador integrado, mas o meu leitor/gravador de DVD não. Como gravar as emissões digitais?
Deve ligar o cabo de antena ao televisor e usar uma ficha SCART desse, que tenha saída de vídeo, para ligar ao gravador de DVD, na sua SCART de entrada de vídeo. Para identificar a entrada ou saída SCART, no televisor, é comum a indicação in/ou (entrada/saída) ou um círculo com uma seta a entrar ou sair. No gravador de DVD ou videogravador, existe uma SCART chamada “TV” (a saída) e outra chamada “VCR” (a entrada).

Quem tiver serviço de televisão por subscrição (cabo, fibra ótica, IPTV ou satélite) precisa de comprar equipamento?
Não. Nada muda para os utilizadores de televisão por subscrição. A TDT é a digitalização das atuais emissões analógicas de televisão em sinal aberto, difundidas por via hertziana, ou seja as dos canais generalistas. Mas quem não tem TV por subscrição não precisa de aderir a um pacote. Temos recebido queixas de leitores, contactados por agentes comerciais de serviços de TV, que usam a TDT como argumento para vender subscrições.

Um cliente de televisão por cabo com 3 televisores e apenas box num deles terá acesso à TDT sem mais custos nos outros?
Muitos operadores disponibilizam, além dos canais em formato digital, alguns canais em analógico (exceto os pagos que não fazem parte do pacote base). Estes podem ser distribuídos pelos vários televisores em casa, sem custos adicionais. Aos canais digitais só acede através de uma caixa descodificadora fornecida. Se quiser vê-los em mais do que um aparelho terá de pagar o aluguer mensal de mais boxes.

A TDT acaba com as antenas nos telhados?
Não, as antenas exteriores UHF são necessárias para receber o sinal digital. Este continuará a ser transmitido por via hertziana. Se tiver uma antena parabólica, por exemplo, não pode utilizá-la.  

Preciso de mudar a antena recetora?
Em princípio, não. Pode manter a sua antena UHF e a respetiva cablagem. As mais antigas podem não suportar a frequência. Nalgumas zonas, pode ter de redirecionar a antena. A antena interior funcionará nos locais com bom sinal, embora a exterior ofereça resultados melhores. As interiores são mais afetadas por interferências de aparelhos, como telemóveis: ao receber uma chamada na mesma divisão onde a antena está instalada, pode haver quebra total da transmissão e, nalguns casos, terá mesmo de reiniciar a caixa descodificadora.

A instalação coletiva do prédio tem de ser alterada?
Não. Pode manter a infraestrutura. Há também a possibilidade de converter o sinal para analógico à entrada da instalação por moduladores de sinal, colocados por profissionais, sendo distribuído dessa forma pelos residentes. Se aceder a este sinal analógico, funcionalidades como o EPG ou as emissões em alta definição ficam interditas. Há ainda soluções que permitem a distribuição simultânea do sinal em formato analógico e digital. Desta forma, caso já tenha ou venha a comprar um televisor com sintonizador TDT, não fica impossibilitado de aceder às emissões digitais.

Num prédio com antena coletiva, o condomínio é obrigado a disponibilizar os canais de livre acesso (RTP1, RTP2, SIC e TVI) em formato digital?
Não, cabe aos condóminos decidir se pretendem avançar para uma solução comum. Para saber se compensa, pois depende do número de pessoas, informe-se sobre o custo junto de um instalador autorizado. Se não chegarem a acordo, quem pretender aceder ao sinal de TDT, terá de optar por uma solução individual.

Há algum aparelho que mantenha a rede doméstica de distribuição de sinal atual e aceder à TDT em todos os televisores da minha casa, sem usar vários descodificadores?
Por enquanto, é muito difícil encontrar esse equipamento à venda. Tente contactar empresas que o instalem. Se optar por este serviço, pagará a mão-de-obra e o equipamento, que faz descodificação e modulação do sinal. Ao converter o sinal digital para analógico interdita o acesso ao guia eletrónico de programas e a emissões em alta definição que possam surgir no futuro. Além disso, a adaptação da instalação pode ser dispendiosa.



Fonte: Deco-Proteste

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...