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14 de novembro de 2011

Afaste a crise da sua carteira

Veja os conselhos da Proteste Investe e saiba como gerir o seu dinheiro para preparar um futuro melhor.
O cenário que os portugueses enfrentam não é animador: a economia, que reflecte o abrandamento mundial, está anémica, o crédito é cada vez mais controlado, os impostos estão a aumentar e os riscos dos investimentos estão a subir. Os aforradores que querem que os seus pés-de-meia ultrapassem a crise têm de agir já para garantir a sobrevivência das poupanças.
O Fundo Monetário Internacional (que, juntamente com o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, forma a troika de apoio financeiro a Portugal) estima que a economia nacional sofrerá uma contracção de 2,2% em 2011 e de 1,8% em 2012, enquanto o desemprego atingirá 13,4% da população activa em 2012. A inflação não dará tréguas: apesar da recessão, os preços deverão crescer 3,4% em 2011 e 2,1% em 2012. Ao mesmo tempo, apesar de não se antever uma subida da taxa Euribor, a dificuldade de acesso a novos créditos penalizará muitas famílias portuguesas. O objectivo do acordo com a troika é que o défice das contas públicas nacionais não ultrapasse o limite de 3% do produto interno bruto em 2013, mas o sucesso não está garantido. O imposto extraordinário anunciado pelo Governo é sinal de que a austeridade será maior do que se previa. Por isso, o rendimento disponível das famílias portuguesas deverá continuar a cair até ao final de 2012, pelo menos.


Desvie a inflação do seu pé-de-meia
Dada a crise que Portugal atravessa, com duração e intensidade incertas, é essencial escolher o melhor destino para os euros que consegue poupar todos os meses. Deve, pelo menos, compensar os efeitos da inflação.
O primeiro passo é criar um pé-de-meia no mínimo equivalente a seis vezes o rendimento mensal da sua família. Mas se está bastante preocupado em relação ao futuro próximo (existe, por exemplo, uma maior probabilidade de ficar desempregado), deve constituir um pé-de-meia que garanta mais alguns meses de sobrevivência.
Essa quantia deve ser aplicada num depósito a prazo. Procure negociar a taxa de juro com o banco, porque, em muitos casos, consegue um aumento do rendimento da aplicação. O depósito deve ser mobilizável para que possa levantar o dinheiro a qualquer momento para despesas imprevistas.
O segundo passo é canalizar, sempre que possível, as restantes poupanças para produtos financeiros de longo prazo. O re-embolso é normalmente mais difícil ou lento e o grau de risco é superior, mas, em contrapartida, os rendimentos são mais elevados do que nos depósitos no longo prazo.
Face aos problemas que as nações da zona euro enfrentam, é importante diversificar os investimentos, aplicando o seu dinheiro noutros mercados accionistas e obrigacionistas
Aproveite os juros da dívida pública
Os Certificados do Tesouro (CT) e as Obrigações do Tesouro (OT) oferecem remunerações elevadas porque a crise fez disparar a rentabilidade da dívida pública. Os CT rendem anualmente 5,3% líquidos num prazo de cinco anos. As OT que se vencem nos próximos três anos oferecem rendimentos líquidos até à maturidade ('yields') superiores a 16% por ano. Todavia, o potencial investidor deve estar atento ao risco. Nas OT, a yield apenas está garantida se a obrigação for adquirida à cotação actual e mantida até ao vencimento. Se vender antes da maturidade e entretanto os juros tiverem subido, pode perder dinheiro.
Para simplificar o investimento em OT, celebrámos um protocolo com a sociedade gestora Optimize Investment Partners, através do qual os nossos associados podem investir nos títulos de dívida pública com prazo até 24 meses com menos preocupações.
Apesar dos juros generosos, existe a hipótese remota do Estado não honrar os seus compromissos financeiros, o que provocaria prejuízos aos investidores. Para limitar o risco, os CT e as OT não deverão representar mais de 35% das suas poupanças de longo prazo. Para diversificar deve incluir também fundos de obrigações internacionais. Preferimos os fundos em coroas dinamarquesas e suecas. A Dinamarca e a Suécia possuem finanças públicas equilibradas.
Abra as portas às suas acções
Nas acções nacionais, o impacto da crise não será o mesmo para todos os títulos da Euronext Lisboa. Os problemas da dívida deverão penalizar sobretudo o sector financeiro, mas o mau desempenho da economia portuguesa atingirá todas as empresas bastante expostas ao mercado interno. A regra para investir directamente em acções passa pela compra de títulos cuja cotação ainda não reflecte as perspectivas de crescimento do lucro. Para saber quais as acções com maior potencial de valorização, consulte a edição semanal ou o portal financeiro em www.deco.proteste.pt/investe/acoes.
Para investir montantes mais reduzidos, opte pelos fundos de investimento que são, por natureza, mais diversificados. Recomendamos preferencialmente os fundos de acções britânicas e norte-americanas. As empresas do Reino Unido e dos Estados Unidos da América já demonstraram que são muito mais eficientes que as respectivas economias. Os fundos de acções dedicados aos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) também devem estar na carteira, mas de forma limitada.

in economico.sapo.pt

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